Faça uma simulação com o Pravaler Icone seta
Figuras de linguagem: quais são, como identificar e exemplos Figuras de linguagem: quais são, como identificar e exemplos

Figuras de linguagem: quais são, como identificar e exemplos

Como fazer uma boa redação no vestibular? Ao estudar a Língua Portuguesa, a maioria dos estudantes se depara com os chamados recursos de estilos, ou as figuras de linguagem. Elas têm diversas funções e existem em grande número, de forma que cada uma tenha um papel específico no desenvolvimento de um texto. Você sabe do que estamos falando?

Descobrir o que são as figuras de linguagem, quais são esses recursos estilísticos e como utilizá-las do jeito correto em seu texto é indispensável para tirar boas notas nos principais vestibulares do país. Afinal, esse tema pode ser cobrado tanto em questões de múltipla escolha da parte de português quanto conferido nos trechos da redação.

Para te ajudar a entender tudo certinho, preparamos um conteúdo completo, praticamente um grande resumo de figuras de linguagem com todas elas. Continue acompanhando este artigo, veja os exemplos e bons estudos!

O que é figura de linguagem?

Os exercícios de figuras de linguagem costumam ser temidos pelos alunos e pelas alunas que têm dúvidas nesse assunto. No entanto, saber o que são essas figuras de estilo pode ajudar a começar a esclarecer esse conteúdo da aula de Língua Portuguesa e estar cada vez mais perto de gabaritar essas perguntas.

Uma boa explicação é dizer que se trata de uma forma de expressar ideias que tem como objetivo multiplicar a comunicação para além do que está em sentido literal, ampliando, assim, os significados do que está sendo dito ou escrito.

Dessa forma, há um efeito diferenciado no discurso, tornando possível dizer algo sem que seja de um jeito restrito de acordo com as regras do nosso idioma, isto é, ficando mais próximo da linguagem comum. Assim, uma frase pode trabalhar o seu sentido conotativo ao invés do sentido literal.

Isso faz com que fique mais próximo do que é dito no dia a dia pelas pessoas da população e também daquilo que é empregado em criações artísticas, como em letras de músicas, prosas de livros ou poesias em geral.

Quais são as figuras de linguagem?

No nosso idioma temos um grande número de figuras de linguagem, sendo mais de 20 possibilidades para explorar e empregar em diversos discursos de acordo com o objetivo esperado ao transmitir a ideia em questão. Por isso, os exemplos de figuras de linguagem são divididos em grupos, já que cada figura de estilo é utilizada para certa função.

Entre essas classificações feitas com base na semelhança de uso das figuras de linguagem existentes estão as seguintes: figuras de palavras ou semântica, figuras de pensamento, figuras de sintaxe ou construção, figuras de silepse ou concordância ideológica, e figuras de som ou harmonia.

Parece bastante coisa para compreender e saber como usar, não é? Mas não se preocupe porque você poderá conferir tudo explicado detalhadamente e com exemplos logo abaixo. Assim, há como tirar as dúvidas sobre os recursos estilísticos que são parecidos e entender esse tema de uma vez por todas!

Figuras de palavras ou semântica

O primeiro grupo que iremos apresentar para você, estudante, são as figuras de linguagem associadas ao sentido da palavra, isto é as chamadas figuras de palavras ou semântica. Elas são comuns de serem utilizadas com uma frequência maior do que as demais, já que em diversos momentos fazemos comparações, por exemplo.

Comparação

As figuras de linguagem de comparação relacionam duas ideias ou coisas usando conectivos (como, tal qual, assim) a fim de comparar ambas.

Exemplo: A Ana é delicada como uma flor.

Metáfora

Já as figuras de linguagem de metáfora também fazem comparações, mas sem os conectivos citados acima entre os objetos da frase.

Exemplo: “O amor é fogo que arde sem se ver” (Luís de Camões).

Metonímia

São aquelas que substituem um termo pelo outro, mas apenas quando houver uma relação entre ambos. Pode ser: do autor pela obra, do lugar pelo produto, do possuidor pelo possuído, do efeito pela causa, do concreto pelo abstrato, entre outros.

Exemplo: Estou lendo um Saramago (isso quer dizer: estar lendo um livro do autor José Saramago).

Catacrese

Representa o estilo de empregar uma palavra de um jeito que não seria o certo para ela, mas que ocorre por falta de outra forma mais específica de dizer a ideia em questão.

Exemplo: A menina tem as suas maçãs do rosto coradas.

Sinestesia

Está relacionada com o uso de palavras que indicam os cinco sentidos (audição, tato, paladar, visão e olfato), sendo necessário combinar duas sensações para ser considerado como essa figura de linguagem.

Exemplo: Um doce som contagiou as pessoas presentes na sala de jantar.

Perífrase

Também conhecida como antonomásia, perífrases são as figuras de linguagem que fazem a substituição de um ou mais termos por outro que o caracteriza, de forma que seja possível entender o que é dito com o uso de um clichê ou ideia de senso-comum.

Exemplo: João mora na Terra da Garoa (São Paulo).

Figuras de pensamento

Elas têm como função fazer uso de ideias e pensamentos para aprimorar o discurso, deixando-o mais bonito.

Hipérbole

Uma outra classificação das figuras de linguagem da Língua Portuguesa são os termos e as expressões que são utilizados para expressar exageros intencionais, os quais dão um toque de ampliação para o efeito do discurso.

Exemplo: Clara ficou séculos esperando por Ana.

Eufemismo

É usado para suavizar um enunciado que possa ser desagrável ou agressivo, principalmente em situações delicadas de perdas ou problemas.

Exemplo: O avô de Maria bateu as botas ontem a noite (Quer dizer que o senhor morreu).

Litote

Assim como o eufemismo, esta figura de linguagem também tem a função de suavizar uma ideia, evitando grosserias em um discurso.

Exemplo: Ele não é um rapaz cheiroso (Para não expressar exatamente que o garoto é fedido).

Ironia

É empregada quando se quer expressar o contrário do que diz e em alguns casos há um tom de humor.

Exemplo: Que boa ideia ir à piscina quando não pára de chover.

Personificação

O seu objetivo é querer indicar características humanas para um objeto, sentimento ou seres irracionais, como se lhes desse vida.

Exemplo: A flor parecia sorrir em meio ao jardim.

Antítese

Trata-se da figura de linguagem que representa expressões, palavras ou ideias que têm sentidos opostos.

Exemplo: Eles vão continuar casados na alegria ou na tristeza.

Paradoxo

É utilizado quando são ditas ideias com significados opostos, de forma que fuja à lógica.

Exemplo: Ele era gentil e agressivo ao mesmo tempo.

Gradação

Deve ser empregada quando quer transmitir uma ideia que se desdobra de maneira crescente ou decrescente.

Exemplo: “Eu era pobre. Era subalterno. Era nada.” (Monteiro Lobato)

Prosopopeia

Tem a mesma função da figura de linguagem de personificação.

Exemplo: O cachorro contou uma piada para o gato, e riram.

Apóstrofe

Sendo utilizada nos discursos diretos como um vocativo, são as expressões que representam invocações, interpelações ou chamamentos.

Exemplo: Ó meu Deus, como pode haver tanta tragédia?

Figuras de sintaxe ou construção

Esse grupo de figuras de linguagem costuma estar presente em frases ou discursos que tenham como objetivo alterar as estruturas sintáticas intencionalmente, de forma que haja repetições, omissões ou inversões que deixem o texto mais expressivo.

Elipse

Consiste na emissão de uma palavra ou termo, mas sem prejudicar a sentença como um todo por ficar subentendido no contexto.

Exemplo: Começamos a andar faz vinte minutos (Omissão do termo “nós”).

Zeugma

Esse recurso estilístico é parecido com a elipse, mas deve ser utilizado apenas em casos nos quais o termo omitido tenha sido citado anteriormente.

Exemplo: Eles vão à pé; eu, de metrô (Eu vou de metrô).

Anáfora

Representa a repetição intencional de uma mesma expressão ou palavra, como acontece em diversas poesias, músicas e outras composições para dar destaque ao que está sendo repetido.

Exemplo: “É preciso casar João,

é preciso suportar, Antônio,

é preciso odiar Melquíades

é preciso substituir nós todos.” (Carlos Drummond de Andrade)

Hipérbato

Neste caso, os objetos de uma sentença são invertidos e não ficam mais em ordem direta a fim de acrescentar mais estilo para a frase.

Exemplo: Da minha vida sou eu que sei.

Polissíndeto

É quando ocorre a repetição proposital de conectivos (e, ou, nem) na formação de um discurso como uma forma de aplicar estilo e ligar os trechos em questão.

Exemplo: Ele nem estuda nem trabalha nem procura emprego.

Assíndeto

Semelhante à eclipse e oposto ao polissíndeto, é uma figura de linguagem que omite as conjunções (e, mas, porque, logo e outras) para construir as sentenças.

Exemplo: Fui à loja comprar flores, vasos, plantas, arranjos (Omissão do conectivo “e”).

Pleonasmo

Representa a repetição excessiva de uma ideia ao usar palavras diferentes juntas em um mesmo discurso, mas é considerado como figura de linguagem somente em casos intencionais.

Exemplo: “Me sorri um sorriso pontual” (Chico Buarque).

Anacoluto

É empregada em um discurso quando não tem uma conexão sintática entre o começo da frase e o seu restante, sendo uma mudança na construção do conteúdo.

Exemplo: Portugal, lá foi uma viagem inesquecível.

Figuras de silepse ou concordância ideológica

Esse é um subgrupo que reúne as figuras de linguagem relacionadas com algum tipo de concordância, ou seja, um termo que será flexionado para concordar com o gênero, número ou pessoa da oração.

Silepse de gênero

Acontece quando é feita uma concordância de acordo com o gênero feminino ou masculino do sujeito da oração, ou quando há tratamento neutro em alguns casos.

Exemplo: A Vossa Senhoria era bonita.

Silepse de número

É mais comum de ser encontrada quando o sujeito da frase é um substantivo no singular, mas que transmite a ideia de plural, como um conjunto de pessoas.

Exemplo: A turma da classe saiu para o recreio. Ao tocar o sinal, foram correndo.

Silepse de pessoa

Representa a concordância do verbo com a pessoa que está inclusa no sujeito da oração, sendo normalmente de forma oculta e na 3ª pessoa do plural.

Exemplo: Há uma década, os brasileiros vivíamos outro contexto político.

Figuras de som ou harmonia

Tendo como função tornar os textos mais expressivos e bem feitos por meio da sonoridade das palavras, esse grupo apresenta os principais recursos que repetem sons.

Aliteração

É a figura de linguagem de som que repete os sons de consoantes, ou sons consonantais.

Exemplo: O rato roeu a roupa do rei de Roma (Há uma repetição da consoante R).

Assonância

Trata-se de repetir os fonemas vocálicos, isto é, de vogais (a, e, i, o, u), como ocorre com sílabas tônicas, e aparece em letras de músicas ou poemas.

Exemplo: “Esta menina

tão pequenina

quer ser bailarina” (Cecília Meireles) (Há uma repetição de “ina”).

Paronomásia

As palavras parônimas são aquelas que são parecidas tanto na grafia quanto em sua pronúncia, e podem ser utilizadas como recursos para dar estilo ao texto ao terem sons harmoniosos.

Exemplo: Hoje pela manhã o docente deu aula de História para os seus discentes.

Onomatopeia

Estando bastante presente nas histórias em quadrinhos e em gibis, é uma figura de som que tem a função de imitar o verdadeiro som de pessoas, animais, objetos e expressões, como representar o barulho de um relógio, o miado de um gato, entre outros.

Exemplo: Todos estamos ouvindo o tic-tac do relógio de ponteiro da parede.


E aí, o que você achou deste conteúdo completo sobre os grupos de figuras de linguagem? Estude bastante esse assunto e pratique com as questões de simulados para acertar as perguntas de Língua Portuguesa dos principais vestibulares. Aproveite e faça os exercícios de figuras de linguagem para treinar seus conhecimentos!

Texto escrito por: PRASABER
x

Estude o que sempre sonhou com o financiamento estudantil.

Faça faculdade pagando menos por mês com o Pravaler.

Pesquisar

Artigos Relacionados

X Assine nossa newsletter