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O que é Taxonomia de Bloom e como ela é estruturada? O que é Taxonomia de Bloom e como ela é estruturada?

O que é Taxonomia de Bloom e como ela é estruturada?

Taxonomia de Bloom, também conhecida como Taxonomia dos Objetivos Educacionais existe para explicar os porquês do ensinamento ao aluno, ou seja, ela existe para responder algumas perguntas que possam surgir durante o processo de desenvolvimento de ensino aprendizagem do aluno.

A Taxonomia de Bloom vai auxiliar a hierarquizar os propósitos da habilidade a ponto de conseguir levar o estudante a construir uma síntese de todo conteúdo se utilizando dessas ferramentas.

Todo esse estudo surgiu de uma parceria multidisciplinar entre diversos especialistas dos Estados Unidos da América, liderados por Benjamin S. Bloom, psicólogo e pedagogo americano que fez importantes contribuições no campo da aprendizagem para o domínio e na taxonomia dos objetivos da educação.

Neste texto é possível conhecer um pouco mais sobre Bloom e seus estudos que influenciam a educação básica até hoje. Vem com a gente!

O que é a Taxonomia de Bloom?

A Taxonomia de Bloom é uma ferramenta de classificação utilizada para definir e discernir os diferentes níveis de cognição humana: pensamento, aprendizagem e compreensão.

Diversos educadores estão habituados a usar a Taxonomia de Bloom com o objetivo de orientar ou informar sobre o desenvolvimento de avaliações, currículo, e métodos de ensino, como técnicas de questionamento.

A ciência de Bloom foi publicada pela primeira vez em 1956 por uma equipe de psicólogos cognitivos da Universidade de Chicago. A técnica recebeu o nome do presidente da equipe, Benjamin Bloom (1913–1999).

Benjamin foi cria da Universidade Estadual da Pensilvânia, conquistou o título de PhD em educação pela Universidade de Chicago, em 1942, quando foi admitido como membro do conselho daquela Universidade onde exerceu o cargo até o ano seguinte, então foi escolhido como examinador da mesma instituição, até 1959.

O grupo de psicólogos e pedagogos que Benjamin fazia parte organizou a técnica em três domínios: cognitivo, afetivo e psicomotor. Neste conteúdo vamos focar no domínio cognitivo, visto que é dele que os educadores mais se utilizam para colocar em prática essa ciência.

O domínio cógnito inclui seis diferentes níveis de classificação. São eles:

  • Conhecimento
  • Compreensão
  • Aplicação
  • Análise
  • Síntese
  • Avaliação

Qual é o objetivo da Taxonomia de Bloom?

Inicialmente a intenção do grupo que publicou o estudo era ajudar os estudantes a poupar esforços repetitivos ou exagerados no desenvolvimento de diferentes testes para medir os mesmos objetivos educacionais.

Sob liderança de Bloom, os especialistas visaram projetar uma estrutura lógica para os objetivos de ensino aprendizagem que colaborasse com os pesquisadores e professores a fim de entender as maneiras fundamentais pelas quais os seres humanos desenvolvem novos conhecimentos, habilidades e compreensões. Quando foi publicado, em 1956, o sistema recebeu o nome de Taxonomia de Objetivos Educacionais.

Alguns usuários da taxonomia colocam mais ênfase na natureza hierárquica da estrutura, afirmando que os primeiros três elementos – conhecimento, compreensão e aplicação – representam níveis mais baixos de cognição e aprendizagem, enquanto análise, síntese e avaliação são consideradas de ordem superior.

Por esse motivo, a taxonomia é frequentemente representada graficamente como uma pirâmide, com cognição de ordem superior no topo.

Como usar a Taxonomia de Bloom?

Vimos que a Taxonomia de Bloom é uma ferramenta que ajuda a otimizar o processo de construção do ensino tanto para os educadores quanto para os estudantes.

Atualmente, a técnica que recebeu o nome de Benjamin S. Bloom é frequentemente usada por professores para auxiliar na construção do seu plano de aula e nas atividades de sala, com o objetivo de fazer com que o estudante consiga adquirir todas as habilidades necessárias para cada nível de aprendizado.

A técnica vai acompanhando o aluno em cada nível de aprendizado, por isso, é tão importante que ele tenha uma boa formação desde a sua base.

De acordo com os pesquisadores, na hora de estruturar uma aula, o professor deve sempre responder três perguntas:

    1. O que o aluno precisa aprender?
    2. Qual método de ensino será utilizado?
    3. Qual o objetivo de passar aquele conhecimento?

A ferramenta desenvolvida por Bloom e sua equipe tem inúmeros benefícios que devem ser aliados do educador durante todo o processo e podem ser acrescidos de inúmeros outros instrumentos atuais, junto a tecnologia, por exemplo.

A Inteligência Artificial (I.A.) usa símbolos computacionais e mecanismos que simulam ações humanas e pode ser uma grade aliada da Taxonomia de Bloom, pois tem o poder de unir ferramentas tradicionais a ferramentas inovadoras e tecnológicas.

Quais são os verbos da Taxonomia de Bloom?

Agora que já sabemos o que é a Taxonomia de Bloom, vamos descobrirmos quais são os verbos utilizados em cada nível do processo proposto por essa técnica.

É importante mencionar que o estudo feito em 1956 foi revisado por um grupo de psicólogos cognitivos, teóricos e pesquisadores da área da educação em 2001. A primeira classificação começou a ser denominada por verbos e manteve a pirâmide original em seis partes.

Os verbos a seguir fazem parte da técnica original apresentada em 1956.

Conhecimento

Tem a ver com a explicação e memorização de fatos e conceitos. O foco é fazer com que o estudante fique ciente da existência de um determinado conteúdo.

Um exemplo é o ensino das quatro operações básicas da Matemática, que são a base para compreender a matéria.

Verbos: enumerar, definir, descrever, identificar, denominar, listar, memorizar, ordenar e reconhecer.

Compreensão

A compreensão dentro da Taxonomia de Bloom é a fase em que o estudante consegue dar significado ao conhecimento e resolver situações com ele.

Por exemplo: o professor de Matemática cria uma situação problema que envolve a realização de uma conta ao invés de apenas perguntar a operação diretamente para o aluno.

Verbos: resolver, resumir, classificar, discutir, identificar, interpretar, reconhecer, redefinir, selecionar, situar e traduzir.

Aplicação

Já na fase de aplicação da Taxonomia de Bloom, o aluno consegue aplicar o conhecimento em outras situações concretas fora da sala de aula.

Continuando nosso exemplo matemático, quando o aluno usa a regra de três para resolver um conta no cotidiano, ele está aplicando o conhecimento.

Verbos: aplicar, alterar, programar, demonstrar, operacionalizar, organizar, prever, preparar, produzir, operar e praticar.

Análise

Na etapa de análise, o estudante entende e consegue dividir o conteúdo, percebendo a relação entre cada parte para o conhecimento do todo.

Colocando na prática, um aluno que consegue analisar o conteúdo pode explicar a um colega uma parte que ele não entendeu.

Verbos: analisar, reduzir, classificar, comparar, relacionar, selecionar, separar, subdividir, calcular, discriminar, examinar e questionar.

Síntese

Na fase de síntese do conhecimento dentro da Taxonomia de Bloom, o estudante tem a habilidade de criar produtos e padrões com base no que aprendeu sobre uma matéria e chegar a novas proposições.

Um exemplo disso são os projetos de pesquisa universitária, onde os alunos utilizam conhecimentos de outros pesquisadores para elaborar suas teses.

Verbos: categorizar, combinar, formular, generalizar, inventar, revisar, reescrever, resumir, sistematizar, montar e projetar.

Avaliação

Fechando a classificação da Taxonomia de Bloom, na avaliação, o estudante é capaz de fazer um julgamento de um projeto ou pesquisa relacionado ao seu tema de estudo com base em evidências/critérios claros.

Verbos: concluir, contrastar, criticar, resumir, apoiar, validar, escrever avaliação, detectar, estimar, julgar e selecionar.

Como é a Taxonomia de Bloom revisada?

Em 2001, 45 anos depois da data da primeira publicação, uma outra equipe de acadêmicos de Psicologia, liderada por Lorin Andersom, ex-aluno de Bloom e David Kratwowohl, um dos que atuaram no desenvolvimento da versão original da técnica, lançou uma versão atualizada e revisada da versão de 1956.

O novo nome foi A Taxonomy for learning, Ensino e Avaliação: Uma Revisão da Taxonomia de Objetivos Educacionais de Bloom.

A “Taxonomia de Bloom revisada”, como é comumente chamada, foi intencionalmente projetada para ser mais útil aos educadores e refletir as formas comuns como passou a ser usada nas escolas.

A versão revisada tem três categorias que foram renomeadas e todas foram manifestas em forma de verbos em vez de substantivos. Por exemplo: Conhecimento foi alterado para Lembrança, Compreensão se manteve igual e Síntese foi renomeada Criação.

Além disso, Criando tornou-se o nível mais alto no sistema de classificação, trocando de lugar com Avaliação. A versão revisada agora é nessa ordem:

  • Lembrando
  • Compreendendo
  • Aplicando
  • Analisando
  • Avaliando
  • Criando

Ficamos por aqui, mas temos certeza de que você está preparado para mudar a sua história e a dos que você influência, com uma educação que leva evolução do jeito, assim como o Pravaler. Utilize as ferramentas certas e conte com a gente para levar inovação e transformação por meio da educação!

Texto escrito por: PRAVALER
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