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Fascismo: o que é e principais características Fascismo: o que é e principais características

Fascismo: o que é e principais características

O mundo ainda não tinha vivido algo parecido na história, até a chegada do fascismo, regime político radical baseado na ideologia da extrema-direita, que usava da violência e da força para chegar ao poder.

Quando essa chamada “manifestação política” chegou na Europa no século XX, o mundo se via diante de uma ameaça à liberdade. Discursos usados na época deixaram um legado duradouro e controverso, vistos até hoje em diferentes contextos políticos.

Mas antes de entender o que é o fascismo, vamos compreender, ao longo deste artigo, como ele surgiu e toda a história que cerca este tema. Por isso, te convido a continua lendo esse conteúdo, pois aqui iremos discutir todas as características e as consequências desse sistema político nacionalista. Vamos nessa? Boa leitura!

Origem do Fascismo

O fascismo teve origem na Itália, em 1919. Esse período ganhou destaque sob comando de Benito Mussolini, que liderou uma organização paramilitar conhecida por suas táticas agressivas.

O período fascista na Itália se estendeu de 1922 até 1942, chegando ao fim com a derrota do Eixo na Segunda Guerra Mundial. Esse regime surge em meio a uma profunda crise econômica e social, e seu surgimento está fortemente ligado à insatisfação popular com as instituições políticas tradicionais e à busca por soluções raciais e autoritárias.

Só para contextualizar a Primeira Guerra Mundial, assim como qualquer outro conflito, deixou um rastro de desilusão e descontentamento, logo, o surgimento de ideologias extremistas eram mais fáceis aparecer.

Veja também: Primeira e Segunda Guerra Mundial: entenda os motivos

E foi assim que o conceito de fascismo nasceu. Trata-se de uma política de extrema-direita que abraça visões conservadoras e promove um nacionalismo radical e fervoroso, que recorre à violência para garantir o alcance e controle no poder.

Mas afinal, como podemos definir o fascismo e o que ele é?

Em termos gerais, o fascismo refere-se a ideologias ou regimes políticos que abraçam a ideia e prática conservadora por meio de uma abordagem radical, muitas vezes, violenta.

No entanto, não podemos definir o fascismo de uma forma única, visto que ele consegue se adaptar facilmente à realidade política de diferentes nações, resultando, assim, diversas variações e movimentos fascistas.

O fascismo é conservador e tem suas raízes ligadas à direita política. Os movimentos fascistas adotam uma teoria populista, e enfatizam questões morais, criticam a corrupção e a política convencional. Enquanto isso, direciona a culpa por problemas nacionais para grupos específicos.

Alocados no poder, os fascistas são extremamente autoritários, intolerantes e buscam, de toda forma, minar a democracia, por meio do controle às instituições e utilizando do Estado para impor sua vontade.

Características do Fascismo

O fascismo, como ideologia política que combina conservadorismo e radicalismo, é regado a características distintivas. Vale lembrar que essas características são essenciais para reconhecer ideologias e movimentos políticos influenciados por esse regime. Entre elas estão:

  • Autoritarismo
  • Anticomunismo
  • Antiliberalismo
  • Militarismo
  • Nacionalismo
  • Totalitarismo 

A seguir, vamos explorar cada uma dessas características para fácil compreensão do que foi o regime fascista!

Autoritarismo

O autoritarismo é uma das características mais distintivas do fascismo. Isso porque, sob esse sistema, um líder considerado forte detém do poder absoluto e exerce, sobre o Estado e a sociedade, um controle total. Frequentemente usa da força para impor sua vontade e silenciar a dissidência.

Anticomunismo

Assim como no regime nazista, o fascismo é inerentemente anticomunista. Eles enxergam o comunismo como uma ameaça à ordem social e aos valores nacionais.

Os regimes fascistas recorrem à repressão e à perseguição de dissidentes políticos, especialmente aqueles associados a ideologias de esquerda e que defendem o comunismo.

Antiliberalismo

Outra importante característica do fascismo é o antiliberalismo. Esse regime radicalista rejeita todos os princípios do liberalismo, como a democracia e os direitos individuais, em favor de um Estado autoritário e intervencionista.

Os regimes fascistas suprimem a liberdade de expressão e impõem restrições aos direitos civis em nome da “ordem” e “segurança nacional”.

Militarismo

Já o militarismo é considerado a característica central do fascismo. Isso porque glorifica a guerra e promove uma cultura baseada em agressão e expansionismo. Os líderes fascistas muitas vezes buscam fortalecer as forças armadas afim de empregar uma retórica nacionalista para justificar a expansão territorial e dominação sobre os outros povos.

Nacionalismo

Entre as ideologias fundamentais do fascismo está o nacionalismo, que exalta a identidade e os interesses nacionais acima de tudo e de todos. Os líderes do regime fascista exploram, frequentemente, o sentimento nacionalista para unir o povo em torno de uma causa comum e legitimar suas políticas autoritárias e radicais.

Totalitarismo 

Como já mencionado, o fascismo é um sistema totalitário que busca controlar todos os aspectos da vida pública e privada das pessoas, e isso inclui o controle da mídia/imprensa, educação, cultura e até a supressão de qualquer forma de oposição política contra o governo.

Um Estado fascista exerce, sobretudo, influência onipresente sobre a sociedade, e é capaz de moldar atitudes e comportamentos de acordo com a ideologia central.

Fascismo na Itália

O período fascista na Itália abrangeu o governo que dominou o país italiano de 1922 a 1943, sob a liderança de Mussolini. Esse período foi marcado pela orientação autoritária e conservadora do líder, além da instauração de uma ditadura totalitária na Itália.

Mussolini, que também era primeiro-ministro até 1943, criou, em 1919, uma organização chamada Fasci Italiani di Combattimento. O termo “fasci” significa feixe, e faz referência ao feixe de hastes de madeira com um machado no centro.

O líder começou sua carreira política em um núcleo socialista italiano, mas logo foi interrompido em 1914 quando passou a defender a participação da Itália na Primeira Guerra Mundial. Os socialistas italianos, obviamente, não concordavam com a ideia radical de do líder autoritário.

Mussolini aproveitou a força que os movimentos socialistas ganharam na Itália, entre 1919 e 1920, para alinhar sua retórica política com o nacionalismo italiano. Isso levou as classes conservadoras do país a compreenderem o fascismo e se aproximarem do regime, que se fortaleceu, especialmente, nas áreas rurais do país italiano.

A partir da organização criada em 1919, surgiu então o Partido Nacional Fascista, que tinha como objetivo principal tomar o poder na Itália por meios eleitorais ou através de atos violentos contra quem se opusessem.

O uso da violência pelos fascistas foi apoiado, certamente, por alguns setores da sociedade italiana que acreditavam que isso enfraqueceria os socialistas.

Por volta de 1922, Mussolini então chegou ao poder após membros do Partido Nacional Fascistas realizarem a Marcha sobre Roma no mês de outubro daquele mesmo ano. Fascistas marcharam em direção à capital para pressionar o então rei Vitor Emanuel III a nomear Mussolini como chefe de Estado. Eis que o rei acabou destituindo o primeiro-ministro empossado, e convidou Mussolini para formar um novo governo.

Acontece que o modelo de Estado projetado pelo Partido Nacional Fascista era centralizado no poder executivo, como o líder, chamado de duce em italiano, detendo autoridade absoluta.

No aspecto político, o fascismo é categorizado como uma ideologia de extrema-direita, podendo se referir tanto ao regime fascista original na Itália quanto a outras ideologias políticas conservadoras, radicais e violentas, como é o caso do nazismo. O culto à personalidade de Mussolini se tornou uma característica influente e originou outros movimentos semelhantes em alguns países, como o franquismo na Espanha e o salazarismo em Portugal.

Consequências do Fascismo

O regime fascista na Itália caiu com a Segunda Guerra Mundial, em 1943. Mussolini foi destituído, preso e posteriormente resgatado pelos alemães. Após o colapso do Eixo, ele foi capturado e executado no ano de 1945.

Em relação às consequências do fascismo, elas foram profundas e abrangentes. Não podemos negar que esse regime deixou um legado sombrio que reverberou por décadas após o declínio dos regimes fascistas na Europa.

O fascismo desencadeou guerras devastadoras, como a Segunda Guerra Mundial, que resultou na morte de milhões de pessoas. Os regimes fascistas, especialmente o nazismo, na Alemanha sob liderança de Adolf Hitler, foram responsáveis por atrocidades, incluindo o Holocausto, genocídio de seis milhões de judeus e de outras minorias.

O genocídio, a perseguição e a violência durante o regime deixaram marcas indeléveis na memória das nações afetadas.

A Segunda Guerra Mundial deixou algumas regiões da Europa em ruínas. Cidades inteiras foram destruídas por bombardeios e combates. A infraestrutura econômica e social foi gravemente danificada, o que resultou em anos de reconstrução.

Entre as consequências do fascismo também se destaca o deslocamento de milhões de pessoas que tiveram que deixar suas casas devido à guerra. Isso causou uma crise humanitária sem precedentes na época, com comunidades despedaçadas e famílias separadas.

A ascensão do fascismo representou um grande desafio para os princípios democráticos e os valores fundamentais da liberdade, da igualdade e da tolerância.

O fim do fascismo italiano não cessou a ideologia, dando origem aos movimentos neofascistas adaptados aos tempos atuais.

O legado do fascismo continua sendo objeto de estudo e de debate até os dias de hoje. Alguns argumentam que o regime representou uma aberração histórica e foi devidamente superada, enquanto outros alertam para os perigos de seu ressurgimento.

LEIA TAMBÉM: A origem e as consequências do regime nazista de Adolf Hitler

Texto escrito por: PRASABER
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