Biomedicina

Uma das maneiras mais comuns de ingressar no curso de Biomedicina se dá a partir da transferência interna ou externa, que nada mais é que uma modalidade voltada para aqueles que já estão no curso de uma graduação, e por alguma situação ou motivação desejam concluir seus estudos em um outro curso.

Atualmente, os programas de transferência para instituições públicas e privadas se divide entre os processos internos, em que o estudante passa para um curso na mesma instituição, ou externos, em que há a troca de instituição, e em diversos casos também a troca do curso.

Transferência interna

Os programas de transferência interna para Biomedicina estão diretamente vinculados à política institucional de cada universidade. Frequentemente, o aumento de vagas ociosas nos cursos ao longo do ano justifica a criação de oportunidades para aqueles que desejam mudar de graduação.

Para tanto, o ensino público tem alguns encaminhamentos mais comuns. Um deles é quando se promove uma nova seleção que pode se basear em um edital interno a ser divulgado a qualquer momento pelas instituições, ou mesmo a condução de um novo processo seletivo aberto, que é geralmente o que ocorre quando a defasagem de vagas é muito grande.

Já nas instituições privadas, os processos são bem mais diversificados, variando conforme as políticas de cada universidade. Uma característica comum às instituições públicas e privadas é o fato de ser possível reaproveitar disciplinas da cara horária já cumprida pelo estudante, especialmente se houver afinidade com o curso de Biomedicina, o que pode até reduzir o número total de disciplinas a serem cursadas.

Transferência externa

A transferência externa é uma modalidade muito popular no ensino superior, e possui políticas específicas dado o fluxo de estudantes que trocam as experiências ao longo da graduação. Essa modalidade permite a troca de instituição para quem já cursa Biomedicina ou está em outro curso e deseja mudar de graduação.

É aconselhável que, tanto no caso do ensino público quanto no privado, o candidato tenha completado pelo menos um semestre de estudos na instituição de origem, com os créditos devidamente registrados no histórico acadêmico.

No ensino público, a transferência externa pode ser realizada por meio de editais semestrais ou anuais, conforme a disponibilidade de vagas ociosas nas instituições. Esses editais podem ser organizados pelo Ministério da Educação (MEC) ou por meio de processos internos entre as universidades.

Em instituições privadas, o processo varia conforme as políticas de cada universidade, mas segue um padrão similar. Normalmente, o candidato deve apresentar o histórico acadêmico da instituição de origem, podendo concorrer a bolsas de desconto na matrícula, e muitas vezes não é necessário passar por outros processos seletivos, como o vestibular.

É importante que quem deseja acessar programas de transferência ou intercâmbio mantenha um bom histórico de notas, que garantirá melhores colocações nas vagas disponíveis para esses objetivos. Assim, deve-se também evitar o abandono ou a reprovação em disciplinas do curso.

O vestibular é a principal forma de ingresso nas instituições de ensino superior, tanto públicas quanto privadas, e consiste na realização de uma prova de seleção que avalia os candidatos para as vagas disponíveis em cada curso. Esta forma de seleção é a mais popular nas universidades Brasileiras.

As provas de vestibular e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) são as principais formas de ingresso ao ensino público. Neste caso, o conteúdo das provas de vestibular podem variar de acordo com as bancas específicas de cada universidade, enquanto o Enem mantém uma base de conteúdos baseada no currículo comum.

Além disso, os vestibulares mais tradicionais apresentam características essenciais que os diferenciam, como a indicação de leituras obrigatórias, que variam conforme a instituição e a banca organizadora. Para compreender melhor essas especificidades, é fundamental consultar o programa da prova do seu interesse.

O ingresso de portadores de diploma em Biomedicina é facilitado. Geralmente, essa modalidade é acessada por aqueles que já possuem uma graduação em área próxima, podendo reaproveitar parte da carga horária. O acesso, contudo, não é restrito à essa proximidade de campos, e pode acontecer mesmo em casos em que as duas áreas são distantes.

Para as instituições públicas, o candidato que apresenta um diploma com histórico de graduação pode reaproveitar desde componentes obrigatórias do curso até atividades que compõe o quadro da formação, como as horas complementares e as disciplinas optativas, desde que seja possível e a coordenação do curso de graduação decida que é possível conceder as horas pleiteadas.

No caso de instituições privadas, os portadores de diploma geralmente são classificados na forma de ingresso “Segunda Graduação”, na qual também há dispensa da realização de provas de seleção, e também as mesmas possibilidades de aproveitamento de carga horária. Para alguns casos específicos, considera-se que essa nova graduação é apenas uma complementação, e em poucos semestres é possível conseguir um diploma.

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é a maior prova de seleção para universidades públicas no Brasil, e o curso de Biomedicina é um dos que faz parte do quadro de opções distribuídas nas instituições em todo o país.

Para além de universidades públicas, a realização da prova do Enem também possibilita que os candidatos acessem opções de estudo no ensino privado, com programas específicos do governo federal para o custeio da graduação.

As estratégias para se preparar para a prova do Enem envolvem a realização de simulados, e o estudo atento do edital das provas. Além disso, é necessário buscar informações sobre os pesos relativos às provas e à redação, considerando os quadros mais importantes para quem deseja cursar Biomedicina.

Vamos conhecer um pouco mais dos programas disponíveis para cursar Biomedicina para quem realiza a prova do Enem?

Sisu

O Sisu (Sistema de Seleção Unificada) é o principal sistema de seleção ativado pela prova do Enem, e consiste na organização das vagas disponíveis em universidades públicas de todo o país.

A partir deste sistema, o candidato pode se enquadrar em duas opções principais, e acessar direitos como as cotas sociais e raciais, além da fila de espera. A opção de ampla concorrência, que detém o maior número de vagas, está disponível para todos os candidatos.

O princípio básico para o encaixe ou não das vagas disponibilizadas pelo Sisu é o da nota de corte, o valor numérico no qual o último candidato pode se enquadrar dentro das vagas. Assim, todos os candidatos que alcançarem uma nota menor, não estarão dentro das vagas e deverão esperar novas chamadas a partir da lista de espera.

As notas de corte são geralmente valores muito similares a cada ano, portanto, você pode pesquisar qual a nota de corte de Biomedicina pelo Brasil para decidir a melhor estratégia quando for a sua vez de fazer a prova do Enem!

Prouni

O Programa Universidade para Todos (Prouni) é o maior programa público de bolsas de estudos do país, sendo financiado pelo governo federal, e voltado para alunos que possuem renda per capita de até 3 salários mínimos.

Dentre os principais objetivos do programa, estão a facilitação e a ampliação de acesso ao ensino superior. Para tanto, ele é voltado a custear a jornada de graduação dos estudantes mais pobres, dado que nem sempre esse público-alvo é atingido por seleções como o Sisu.

A distribuição das bolsas segue dois caminhos principais, sendo elas:

Parciais, com 50% do valor curso custeado pelo governo para candidatos com renda per capita de até 3 salários mínimos

Totais, com 100% do valor do curso custeado pelo governo para candidatos com renda per capita de até 1,5 salários mínimos

As principais regras para concorrer no Prouni para Biomedicina e outros cursos são: nota igual ou maior que 450 na média das provas no Enem, e mais que zero na redação. O candidato deve observar o calendário anual, e caso selecionado, manter assiduidade e bom desempenho.

Fies

O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) é um programa do governo federal voltado para o financiamento estudantil, que consiste em um empréstimo para que o estudante curse Biomedicina em uma instituição de ensino superior privada sem o pagamento das mensalidades no decorrer do curso.

O empréstimo só é cobrado quando, depois do curso, o profissional já está estabelecido com renda disponível para lidar com as parcelas, dessa forma, há a garantia que pessoas de baixa renda possam se matricular em cursos de graduação em instituições privadas.

As regras para acesso ao Fies consistem em uma nota média de pelo menos 450 nas provas do Enem, e mais que zero na redação. O programa é restrito à modalidade presencial do ensino, e a inscrição só pode ser feita no período do calendário anual do MEC.

Além disso, para que o candidato consiga acessar uma cota de financiamento do Fies, é necessário que se comprove a situação socioeconômica de recebimento de até três salários mínimos per capita em seu grupo familiar. Esse sistema ajuda a garantir que o crédito será concedido para aqueles que precisam mais.

Assim como no caso de outros programas públicos, é necessário manter um bom desempenho acadêmico, assiduidade e conclusão do curso para continuar no programa.