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Resumo da Guerra Fria: causas e consequências

Um dos conflitos mais marcantes no curso da história ficou conhecido como Guerra Fria. Durante quase meio século, duas potências mundiais disputaram pela influência política e econômica em todo o mundo.

Esse assunto é recorrente tanto em disciplinas escolares quanto nas provas de vestibular, mas não se limita às salas de aula, pois as causas e as consequências da Guerra Fria ajudam a explicar o mundo atual. Por isso, preparamos esse resumo para você!

Vamos lá?

O que provocou a Guerra Fria?

A Guerra Fria foi provocada pelas tensões ideológicas e políticas no período entre o fim da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinção da União Soviética (1991).

Após o fim da Segunda Guerra Mundial, o continente Europeu foi ocupado por tropas das potências vencedoras da guerra, Estados Unidos e União Soviética. Essas duas nações tinham poderio político, militar e econômico muito superior ao dos demais países do mundo, e criaram um sistema polarizado entre duas diferentes ideologias.

O bloco capitalista foi capitaneado pelos Estados Unidos, que defendiam que esse era o sistema democrático. Já a União Soviética liderou o bloco socialista, com a defesa do proletariado e a reunião em torno de problemas sociais.

Cada uma das duas grandes potências desejava expandir o próprio domínio territorial para implantar os sistemas que julgavam ideais para sociedade, assim, o conflito se iniciou. Durante a Guerra Fria, foram comuns táticas de disputa, como:

  • Plano Marshall dos Estados Unidos, em que Harry Truman, o presidente, oferecia empréstimos aos países arrasados pela Segunda Guerra Mundial;
  • Divisão da Alemanha Oriental e Ocidental com o Muro de Berlim;
  • Criação da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) pelos Estados Unidos;
  • Assinatura do Pacto de Varsóvia entre os aliados da União Soviética para alinhamento militar.

Como consequência a essas táticas de disputa, todo o mundo viveu sob ameaça por conta das corridas armamentistas, o medo da produção de armamento nuclear, a corrida espacial e as crises que levavam o mundo a imaginar o resultado de um conflito direto.

Nesse período, alguns países se envolveram direta ou diretamente na Guerra Fria. Vamos falar sobre eles agora.

Quais foram os países envolvidos na Guerra Fria?

O clima de tensão internacional fez com que diversos países sofressem o impacto da disputa entre Estados Unidos e União Soviética.

Vamos conhecer alguns deles:

Estados Unidos

O envolvimento dos Estados Unidos na Guerra Fria se deu, principalmente, pelas reações após a detonação de bombas atômicas sobre o Japão, fato que contrariava a harmonia esperada com o final da Segunda Guerra Mundial. Durante o conflito, a missão principal dos estadunidenses foi de proteger o chamado “mundo livre” da doutrina comunista que, segundo o país, poderia destruir o mundo e  a democracia.

A falta de acordos levou os Estados Unidos a embarcar numa perigosa corrida armamentista e numa disputa ideológica, que incluía o apoio financeiro aos países que faziam parte do bloco capitalista, numa estratégia de poder.

Durante os anos 50, 60 e 70, os Estados Unidos apoiaram diversas ditaduras militares na América Latina, todas motivadas como uma “reação” aos possíveis revolucionários comunistas. Sendo assim, havia o apoio explícito do governo estadunidense às práticas ditatoriais na região.

União Soviética

A União Soviética lutou para manter e expandir o domínio político, ideológico e econômico sobre as nações do bloco comunista, fornecendo apoio bélico e financeiro aos países que faziam parte do bloco. Durante esse período, foi comum a prática do investimento financeiro em táticas de guerra, numa eterna preparação para o enfrentamento direto com os Estados Unidos, caso o conflito escalasse de maneira irreversível.

Era uma preocupação tanto das nações envolvidas quanto ao resto do mundo as consequências de uma possível Terceira Guerra Mundial, pois as devastações da guerra anterior eram sentidas por toda a Europa e causaram impactos de gerações para as nações devastadas.

Cuba

Em Cuba, se desenhou o momento mais tenso entre as potências envolvidas na Guerra Fria.

Desde 1959, após a revolução cubana, a ilha tinha o apoio da União Soviética para o desenvolvimento político e econômico, fato que incomodava o governo dos Estados Unidos, principalmente pela localização geográfica de Cuba.

Em 1962, descobriu-se que a União Soviética trabalhava na instalação de bases de mísseis em Cuba. O posicionamento dessas armas era visto como uma ameaça direta aos Estados Unidos, e mesmo que não houvesse qualquer chance de conflito, tal situação colocava em xeque a imagem do governo perante os cidadãos estadunidenses.

O governo dos Estados Unidos declararam que a não retirada dos mísseis teria como consequência a declaração de guerra, fato que pôs todo o Mundo em alerta. Como resolução do conflito, os soviéticos concordaram em retirar os mísseis, contanto que os estadunidenses também removessem mísseis posicionados na Turquia.

China

Quando a Guerra Fria se iniciou, a China ainda arrastava uma guerra civil desde a década de 1920. Após a Segunda Guerra Mundial, o grupo comunista liderado por Mao Tsé-Tung se fortaleceu. Como reação ao fortalecimento dos comunistas, que tinham apoio da União Soviética, o governo dos Estados Unidos decidiu apoiar o grupo nacionalista, liderado por Chiang Kai-Shek, numa disputa pela consolidação do poder.

Em 1949, os comunistas venceram o conflito interno e esse marco se tornou reconhecido como Revolução Chinesa, fato que assustou as autoridades estadunidenses para a possibilidade da disseminação do comunismo por todo continente asiático, haja vista o poder de influência da China.

Alemanha

A Alemanha foi a nação que mais sofreu com os impactos da Guerra Fria, com a derrota evidente na Segunda Guerra Mundial. Ela foi dividida em duas:

  1. República Democrática Alemã (RDA), sob domínio da União Soviética;
  2. República Federal da Alemanha (RFA), sob domínio dos Estados Unidos;

A cidade de Berlim foi dividida como capital das duas Alemanhas. Por isso, o muro de Berlim foi construído como forma de impedir a fuga de cidadãos de um lado para o outro. Essa separação perdurou por 28 anos, simbolizando, ao resto do mundo, o significado da Guerra Fria.

Conflitos indiretos da Guerra Fria

Ainda que as duas grandes potências não tenham se enfrentado diretamente, alguns conflitos indiretos foram registrados durante o período da Guerra Fria, com influência dos Estados Unidos e União Soviética.

Guerra da Coreia

A Guerra da Coreia teve início em 1950, com a invasão do território sul-coreano, apoiado pelos Estados Unidos, pelos comunistas do norte, apoiados pela China e pela União Soviética. A intenção dos comunistas era unificar a Península da Coreia, que seria, então, liderada por esse grupo. Com o andamento do conflito, o envolvimento direto de soldados estadunidenses foi registrado.

Em 1953, o conflito teve fim com um armistício confirmando a divisão das Coreias. Essa divisão existe até os dias atuais. Apesar do envolvimento de estadunidenses e soviéticos, as ações dos dois lados foram controladas visando evitar um conflito direto.

Guerra do Vietnã

Entre 1959 e 1975, o conflito entre Vietnã do norte e Vietnã do sul ficou conhecido como A Guerra do Vietnã. Nesse caso, ambos os lados visaram unificar e controlar o país.

Essa guerra ficou conhecida pela entrada direta dos Estados Unidos em 1965, fornecendo armamento e corpo militar. Dentro do país, grupos se manifestaram fortemente contra esse tipo de envolvimento, fazendo com que as tropas estadunidenses se retirassem em 1973.

O fim da Guerra do Vietnã teve como resultado a vitória de grupos comunistas, que unificaram e tomaram o controle do país oficialmente em 1976.

Guerra do Afeganistão

Em 1979, o Afeganistão foi invadido por soviéticos que desejavam apoiar o governo do país, comunista, contra islâmicos que representavam uma aliança rebelde. Assim teve início a Guerra do Afeganistão. Como reação ao envolvimento dos soviéticos no conflito, o governo estadunidense decidiu financiar os rebeldes islâmicos, com fornecimento de armas e treinamento militar. O conflito se desenvolveu em torno dessa influência.

Após 10 anos de guerra, as tropas soviéticas precisaram se retirar, numa derrota ao grupo comunista que fortaleceu os grupos islâmicos na época. 

O que marcou o fim da Guerra Fria?

A Guerra Fria chegou ao fim junto à dissolução da União Soviética em 26 de dezembro de 1991, após uma grave crise econômica e política que afetou as décadas de 70 e 80 do país.

Entre os problemas apontados como responsáveis pelo fim da União Soviética estão o atraso econômico, a desaceleração industrial, a produção agrícola insuficiente e a falta de acesso às tecnologias desenvolvidas para o crescimento de acordo com as fases de produção e consumo que o mundo acompanhava.

Com o acidente nuclear em Chernobyl em 1986, além das derrotas no Afeganistão, a sociedade se tornou insatisfeita com a situação. Em 1989, o muro de Berlim foi derrubado, simbolizando que a Guerra Fria caminhava para o fim. Gorbachev, o último líder soviético, coordenou a abertura econômica que foi primordial no processo de dissolução da União Soviética. Em 25 de dezembro de 1991, Gorbachev renunciou, sacramentando o fim do regime soviético.

Os impactos desse período da história perduram até os dias de hoje, e ajudam a entender as atuais relações geopolíticas.

Esperamos, com esse conteúdo, ter ajudado em seus estudos! Aproveite e acesse nosso plano de estudos de históriaObrigado pela leitura, e até a próxima!

Texto escrito por: PRASABER
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