Michelangelo: conheça a vida e obras do artista

Você provavelmente já ouviu falar de Michelangelo. Mas, será que você sabe exatamente quem ele era e o que ele fez? Muito mais que responsável pela obra de arte ‘A criação de Adão’, Michelangelo foi um dos maiores artistas do período renascentista italiano, conhecido por realizar pinturas e esculturas incríveis.

Nascido em 1475 na cidade de Caprese, na Itália, Michelangelo deixou um legado que transcende até hoje na nossa história. Legado este, inclusive, que não impacta apenas o meio artístico, como também na cultura como um todo.

Sua vida e obras são um testemunho da sua genialidade. Mas, qual a importância de Michelangelo para a nossa sociedade e por que é tão importante saber tudo sobre o artista durante a sua preparação para o vestibular? Essa e outras questões você acompanha ao longo desse conteúdo. Quem embarca nessa viagem no tempo conosco? Partiu!

Quem foi Michelangelo?

Michelangelo Buonarroti foi um dos mais influentes artistas renascentistas italianos. É conhecido por suas contribuições talentosas dadas em esculturas, pinturas, arquitetura e na poesia. Talento esse descoberto ainda quando jovem, aos seus 13 anos, quando ingressou no estúdio do pintor Ghirlandaio em Florença.

Mas a relação de Michelangelo com Ghirlandaio não era uma das melhores e, pouco mais de um ano depois, ele deixou o estúdio.

Embora Michelangelo tivesse domínio em boa parte das produções artísticas, sua paixão maior ainda residia na escultura. Influenciado pelos mestres da antiguidade clássica, o artista estudou anatomia e esculpiu peças como a famosa estátua “Baco” e o “Cristo Crucificado”. Mas, antes disso, um dos primeiros trabalhos de Michelangelo na escultura foi uma estátua de Hércules, feita entre 1493 e 1494, pouco depois de ter sido patrocinado por Lorenzo de Médici, governante de Florença.

Em 1496, Michelangelo se mudou para Roma, cidade em que ampliou suas oportunidades de trabalho e conhecimento. Foi a partir dessa época que o artista passou a consolidar seu nome, como um dos maiores artistas com suas obras de arte conhecidas em todo o Ocidente.

Ao longo da sua vida, o artista enfrentou alguns problemas de visão, mas a causa e o porquê Michelangelo ficou cego não são totalmente claras.

Michelangelo morreu em 18 de fevereiro de 1564, vítima de uma febre súbita. Foi enterrado em uma basílica em Florença.

Quais são as maiores obras de Michelangelo?

Michelangelo sabia pintar, esculpir e desenhar. Ele também se dedicou a muitos trabalhos na área de arquitetura, além de ter escrito inúmeros poemas antes da sua morte.

Entre as obras mais conhecidas durante o período em que viveu em Roma, destaca-se Pietà, que retrata a Virgem Maria abraçando Jesus morto. Essa escultura foi encomendada por um cardeal francês em 1499.

A partir daí, Michelangelo conseguiu popularizar seu nome, e representou a sua arte em diversas obras conhecidas até hoje. Foi em 1500 que ele retornou para Florença, e foi convidado por representantes de uma catedral da cidade a fazer um trabalho – que pouco imaginava que seria o maior trabalho da sua vida!

A seguir você confere algumas das principais obras de Michelangelo!

Teto da Capela Sistina

Entre os anos de 1508 e 1512, Michelangelo pintou o teto da Capela Sistina, local de significativa importância religiosa situado no Vaticano, em Roma. O trabalho do artista foi encomendado pelo Papa Júlio II.

A decoração no teto da Capela foi a maior obra de Michelangelo e uma das mais influentes da história da arte. O resultado foi uma série de afrescos que chamam a atenção e fascinam, até hoje, quem se dedica a observar.

O tema da obra é baseado nas cenas do Gênesis, primeiro livro da Bíblia. Michelangelo escolheu nove episódios para representar, cada um ocupando um painel. Um dos mais famosos é “A Criação de Adão”, que retrata o momento em que Deus dá a vida a Adão. Não entraremos em detalhes desta última, pois veremos mais sobre logo na sequência.

Entre outras cenas notáveis, destaca-se a representação do dilúvio e da arca de Noé. Além dessas cenas principais, Michelangelo também decorou os espaços entre os painéis com figuras ornamentais, tais como querubins e profetas, que contribuíram para a riqueza visual.  

A criação de Adão

Como antecipamos acima, “A criação de Adão” é uma das cenas mais conhecidas do teto da Capela Sistina, pintada entre 1508 e 1512. A obra representa o momento bíblico em que Deus dá a vida a Adão, o primeiro homem.

A composição, portanto, é reconhecida por sua expressividade e simbolismo. Trata-se de uma das imagens mais célebres da história da arte do mundo. O centro é ocupado por Deus e Adão, cujas mãos quase se tocam, criando um espaço entre elas. Ambos estão nus, com o objetivo de destacar a pureza e simplicidade transcendental.

E por que o dedo de Deus e de Adão não se tocam? Essa é uma pergunta que se tornou tema de debate entre estudiosos e historiadores de arte. A verdadeira razão pode ser uma combinação de fatores teológicos, simbólicos e estéticos, sobretudo que dependem da forma de observação de cada um. Mas, muitos dizem que o sentido da arte é explicar que Deus sempre está lá, mas a decisão e escolha de buscá-lo é inteiramente do homem.

Davi

Produzida entre 1501 e 1504, a escultura de “Davi” é a mais conhecida de Michelangelo. Ela tem mais de 5 metros de altura, e representa um personagem bíblico.

Inicialmente, a obra foi planejada para ser decoração da Catedral de Florença, mas a escultura era tão perfeita que decidiram colocá-la em frente ao Palácio dos Priores, sede do governo da cidade de Florença. Hoje, o trabalho de Michelangelo está em exposição na Galeria de Belas Artes de Florença.

Doni Tondo

Também conhecido como “Tondo Doni” ou “O Sagrado Círculo” é uma pintura de Michelangelo datada entre 1506 e 1508. Trata-se de uma pintura circular que era bastante popular durante o renascimento italiano para retratar alguns temas sagrados.

A obra foi encomendada por Agnolo Doni, rico comerciante de Florença, para comemorar seu casamento com Maddalena Strozzi. A pintura retrata a Sagrada Família com a Virgem Maria, o Menino Jesus e São João Batista ainda criança.

Qual é o estilo de arte de Michelangelo?

O estilo de arte de Michelangelo é representado por várias características distintivas associadas ao renascentismo. Um dos aspectos que destacam isso, foi a influência da busca pela perfeição, equilíbrio e a idealização clássica durante esse período de redescoberta e renovação artística da Grécia e Roma Antiga.

Assim como outros artistas renascentistas, como Leonardo da Vinci, por exemplo, Michelangelo também estudava profundamente a anatomia humana para compreender e representar o corpo humano em suas obras de arte.

Realismo e expressividade, dominância da cor na composição e uso de afresco para as pinturas são algumas das características que assimilam o estilo de arte de Michelangelo.

Obras de Michelangelo

Nota-se que Michelangelo trabalhava as diversas formas de arte, incluindo a escultura, pintura e arquitetura.

Pintura

Nas pinturas, Michelangelo era mestre em criar composições dinâmicas. Embora algumas vezes sutil, sua paleta de cores é voltada para realçar a dramaticidade de suas obras de arte.

Ele era, sobretudo, conhecido pelo seu trabalho em afresco, técnica de pintura em que os pigmentos são aplicados sobre uma superfície de argamassa úmida. Essa técnica foi, inclusive, utilizada para a pintura do teto da Capela Sistina, mencionada há pouco neste conteúdo.

Escultura

As esculturas de Michelangelo são até hoje reconhecidas devido ao seu impressionante realismo e expressividade. Mostrando que era bom no que fazia, o artista conseguia capturar não apenas a forma física, como também as emoções dos personagens que esculpia.

Michelangelo se desafiava em relação às limitações dos materiais, como mármore, com destaque para as esculturas “Prisioneiros” e “Escravos”, feitas em pedras.

Arquitetura

Já na arquitetura, Michelangelo contribuiu de forma positiva para alguns projetos monumentais, como a Basílica de São Pedro, no Vaticano. Seu estilo arquitetônico refletia uma fusão importante de elementos clássicos e inovadores.

Além das pinturas, esculturas e projetos arquitetônicos, Michelangelo também se dedicou à poesia. Seus poemas refletem profundas reflexões filosóficas e emocionais sobre temas como o amor, espiritualidade e mortalidade.

Por que estudar sobre a vida e as obras de Michelangelo?

O conhecimento sobre a vida de Michelangelo é valioso para nosso desenvolvimento pessoal em diversos aspectos. Há benefícios que podem contribuir para o enriquecimento pessoal e cultural do indivíduo inserido dentro da sociedade.

Mas, para além disso, estudar sobre Michelangelo é também considerado importante para o vestibular, devido ao seu impacto histórico na arte e cultura ocidental. Portanto, não se assuste caso você se depare com alguns tópicos em sua prova relacionados às principais obras do artista, conhecimento sobre a abordagem escultórica ou perguntas sobre as pinturas no teto da Capela Sistina.

É claro que o conteúdo específico sobre vida e obra de Michelangelo pode variar de acordo com o exame. Portanto, o aconselhável é sempre consultar os editais e guias de estudos fornecidos pelas instituições de ensino para obter mais informações sobre os possíveis tópicos que serão abordados no exame.

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