Engenharia Civil

Os programas de transferência estão disponíveis tanto em instituições públicas, como em privadas, e são divididos em diversos processos internos e externos, a depender de fatores como a disponibilidade de vagas em cada curso, haja visto que os números de evasão criam essa demanda.

Nesta seção, vamos te apresentar com mais detalhes os tipos de transferência de curso universitário que existem atualmente nas instituições. Assim, você vai conhecer um pouco mais das opções para começar a estudar Engenharia Civil.

Transferência interna

A transferência interna é uma modalidade que diz respeito a cada universidade, e tem relação com os processos internos que são definidos pela instituição, seja em sua concepção, ou originados de uma gestão específica que deseja possibilitar as movimentações entre os cursos. Os programas para Engenharia civil estão baseados nos déficits de estudantes para as vagas disponibilizadas, que acontece todos os anos.

A principal causa desse déficit é o grau de evasão que é associado com os cursos das ciências exatas, mas ele também pode ocorrer em todos os níveis de ensino. Os encaminhamentos para a transferência externa consistem, geralmente, num processo de seleção baseado em um edital interno a ser divulgado a qualquer momento pelas instituições, ou mesmo a condução de um novo processo de vestibular aberto a toda a comunidade.

Em instituições privadas, a transferência também ocorre com a disponibilidade de vagas em cada curso, e deve ser verificada a possibilidade semestralmente, pois os processos podem ser únicos para cada instituição. Na maioria dos casos, é ofertado o reaproveitamento da carga horária já cursada inicialmente.

Transferência externa

A transferência externa é a modalidade indicada para quem já está no curso de uma graduação, e deseja trocar de instituição. Essa troca pode ou não vir acompanhada da mudança de curso, sendo uma das opções viáveis para quem deseja ingressar no curso de Engenharia Civil, ou dar continuidade à graduação que está em curso em outra instituição de ensino superior.

De maneira geral, essa transferência é possibilitada para os estudantes que já tenham concluído ao menos um semestre de estudos na instituição original, tendo um bom desempenho acadêmico que garanta notas acima da média, e a ausência de reprovações.

No caso de instituições públicas, as transferências estão relacionadas com a defasagem de vagas nos cursos de graduação. Dessa forma, elas podem acontecer por meio de editais próprios do Ministério da Educação (MEC), ou serem originadas a partir do contato entre instituições parceiras, que fazem o intercâmbio de vagas e oportunidades por meio de programas como o de transferência externa.

Nas instituições privadas, o procedimento pode variar conforme as políticas específicas de cada universidade, mas geralmente segue um padrão semelhante. Normalmente, o candidato deve apresentar o histórico acadêmico da instituição de origem e, em alguns casos, uma declaração de equivalência de disciplinas. Frequentemente, não é necessário participar de processos seletivos adicionais, como o vestibular.

Assim como no caso da transferência interna, é necessário que os estudantes que almejam participar de programas de transferência ou intercâmbio mantenham um bom histórico acadêmico.

Um bom desempenho nas disciplinas pode assegurar melhores colocações nas vagas disponíveis para esses programas, de acordo com os critérios dos editais de transferência externa. Portanto, é igualmente importante evitar o abandono ou a reprovação em disciplinas do curso, pois esses fatores podem comprometer as chances de sucesso no processo seletivo.

As provas de vestibular e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) são as principais formas de ingresso ao ensino público. Neste caso, o conteúdo das provas de vestibular podem variar de acordo com as bancas específicas de cada universidade, enquanto o Enem mantém uma base de conteúdos baseada no currículo comum.

Além disso, os vestibulares mais tradicionais apresentam características essenciais que os diferenciam, como a indicação de leituras obrigatórias, que variam conforme a instituição e a banca organizadora. Para compreender melhor essas especificidades, é fundamental consultar o programa da prova do seu interesse.

Se esse curso tiver sido numa área próxima, é possível aproveitar parte da carga horária obrigatória. Mesmo em casos em que as áreas não são próximas, o acesso é possível

No caso das instituições públicas, essa forma de acesso pode ser requisitada por meio de um edital específico de seleção, ou facilitar o ingresso para determinados cursos, como os que têm vagas reservadas para professores, por exemplo. A coordenação de cada curso poderá definir quais as melhores políticas de aproveitamento e seleção tendo por base quem já portar um diploma.

Para as instituições privadas, os programas de seleção que absorvem portadores de diploma estão geralmente indicados na modalidade “Segunda graduação”. Assim, as instituições dispensam outras provas de seleção, e apresentam a possibilidade de o candidato acessar bolsas de estudo ou descontos específicos no valor total do curso, considerando as oportunidades de aproveitar a carga horária.

Desde 2009, a política do Enem eliminou a necessidade da maioria das instituições federais de realizarem provas de vestibular próprias, unificando o processo de seleção.

O curso de Engenharia civil é um dos principais cursos da área, estando disponível em universidades espalhadas por todo o país, e também costuma ser uma opção muito popular para quem realiza a prova do Enem.

Além disso, a prova do Enem também é uma porta de entrada para diversas instituições de ensino superior privadas, pois o governo federal vincula alguns dos programas da educação a partir da classificação ou realização da prova do Enem. Por isso, é muito importante realizar essa prova.

Dentre as formas de se preparar para a prova do Enem, para quem quer cursar Engenharia Civil, deve-se manter a atenção ao edital, nas competências e habilidades que são exigidas do estudante, e realizar simulados, resumos, consultar informações teóricas, além de estudar a resistência física e emocional para encarar a aplicação do exame.

Este sistema organiza todas as vagas disponíveis nas instituições de ensino superior públicas, e permite que os estudantes selecionem pelo menos duas instituições e cursos de interesse como suas opções principais.

É também a partir do Sisu que o candidato pode optar por alguma das ações afirmativas, as cotas sociais ou raciais, e também acessar direitos como a lista de espera, garantida para quem não é selecionado na chamada regular.

O critério básico para a distribuição das vagas oferecidas pelo Sisu é a nota de corte, que corresponde ao valor mínimo que permite ao último candidato ser classificado dentro das vagas disponíveis. Assim, os candidatos que obtiverem uma nota inferior a esse valor não estarão entre os aprovados e deverão aguardar novas chamadas, caso optem por se inscrever na lista de espera.

Como as notas de corte são normalmente constantes a cada ano, você pode pesquisar qual foi a nota de corte do curso de Engenharia civil nas variadas universidades espalhadas por todo o Brasil, e decidir a melhor estratégia para a sua prova.

O Programa Universidade para Todos (Prouni) é o programa do, governo federal voltado para quem possui renda familiar per capita de até 3 salários mínimos.

A distribuição de bolsas acontece em duas modalidades, sendo elas as bolsas:

1. Parciais, com 50% do valor curso custeado pelo governo para candidatos com renda per capita de até 3 salários mínimos
2. Totais, com 100% do valor do curso custeado pelo governo para candidatos com renda per capita de até 1,5 salários mínimos

Para concorrer a uma das bolsas Prouni e estudar Engenharia Civil, os candidatos devem se enquadrar nas seguintes regras estabelecidas via edital:

• Nota igual ou maior que 450 na média das provas no Enem
• Nota maior que zero na redação
• Comprovação das informações socioeconômicas

Uma vez selecionado, o aluno deve manter um bom desempenho acadêmico, sendo assíduo nas atividades da instituição.

O Fundo de Financiamento Fies (Fies) é o programa do governo federal destinado para este fim, e está disponível para o curso de Engenharia Civil.

Dentre as regras para acessar o crédito do Fies estão:

• Nota igual ou maior que 450 na média das provas no Enem
• Nota maior que zero na redação
• Renda familiar per capita de até três salários mínimos
• Escolha de curso na modalidade presencial

A seleção é realizada via edital publicado anualmente para o preenchimento de vagas nas instituições parceiras de ensino superior. Dessa maneira, o candidato deve aguardar a disponibilidade de vagas, e o edital do MEC, para tentar se encaixar em uma das cotas de financiamento disponibilizadas pelo Fies.

Para manter a cota de financiamento, o estudante deve manter um bom desempenho acadêmico, assiduidade nas atividades de cada instituição, e evitar as reprovações em componentes do currículo de formação, inclusive aquelas que são motivadas por faltas.