Medicina Veterinaria

O vestibular para Medicina Veterinária é o modelo de ingresso mais tradicional para entrar na faculdade. Neste caso, as instituições são responsáveis por aplicarem as provas de conhecimento geral ou redação. A seleção acontece a partir do desempenho de cada candidato no exame.

A transferência é uma das formas de conseguir fazer a graduação de Medicina Veterinária. Hoje, existem dois tipos, a transferência interna e externa.

Transferência interna

É, basicamente, a mudança dentro da própria instituição. É quando o aluno deseja mudar apenas de curso para estudar Medicina Veterinária. Mas não só o curso. A transferência interna também pode ser a mudança de unidade ou até mesmo de período (matutino, vespertino ou noturno).

Importante destacar que cada instituição de ensino superior tem suas próprias regras para o processo de transferência interna, ou seja, os procedimentos podem ser diferentes de uma para outra. Mas de modo geral, alguns critérios em comum incluem:

• Disponibilidade de vagas: As vagas costumam ser limitadas e dependem de desistências, formaturas e outras circunstâncias que geram vacâncias.
• Processo seletivo: As faculdades podem exigir que os candidatos de transferência interna passem a realizar alguma nova prova ou outro modelo de seleção.
• Aproveitamento de disciplinas: As universidades costumam aproveitar algumas disciplinas já concluídas, desde que elas sejam equivalentes a grade curricular oferecida no curso de Medicina Veterinária.
• Período mínimo de estudo: Pode ser que a instituição de ensino de interesse exija o cumprimento de um período mínimo do curso de origem antes de solicitar a transferência interna.
• Taxas e documentos: A cobrança da taxa administrativa é feita por boa parte das faculdades. Apresentação de documentos, como o histórico escolar, é obrigatório.

Transferência externa

Diferente da transferência interna, a transferência externa permite que o estudante matriculado no curso de Medicina Veterinária mude de instituição de ensino superior. Esse processo costuma ser um pouco mais burocrático, comparado a transferência interna, pois depende de normas e regulamentações das duas universidades. 

Quem deseja ingressar no curso de Medicina Veterinária por meio da transferência externa deve ter em mente que o processo também depende da disponibilidade de vagas para o curso em questão na nova faculdade de interesse. Importante dizer que essas vagas costumam ser limitadas.

Cada faculdade tem sua própria regulamentação. Portanto, consulte todas as normas com bastante antecedência.

Em relação a documentação, normalmente as universidades cobram:

• Histórico acadêmico atualizado
• Ementas das disciplinas já cursadas
• Comprovante de matrícula na instituição de origem
• Declaração de regularidade acadêmica

Outra informação importante é sobre o critério de seleção, que pode variar de acordo com a faculdade. Algumas delas costumam exigir a apresentação do desempenho acadêmico na instituição de origem, além de outras avaliações adicionais, como provas e exames.

Assim como a transferência interna, a externa também costuma fazer o aproveitamento de disciplinas já cursadas, desde que as matérias sejam equivalentes a grade curricular da nova instituição.

Sendo aprovado, basta que o estudante de Medicina Veterinária compareça à nova faculdade, realize a matrícula com todos os documentos conforme solicitado pela instituição e faça o pagamento da taxa (caso tenha).

Mais uma alternativa para estudar Medicina Veterinária, está a modalidade “Portador de Diploma” também conhecida como "Segunda graduação". Neste caso, essa opção é voltada apenas para aqueles que já possuem uma formação superior e desejam iniciar uma nova graduação.

Esse processo seletivo conta com algumas regras e procedimentos específicos, que podem ser diferentes de uma faculdade para outra. Mas, de modo geral, o interessado precisa ter um diploma de nível superior reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC), em uma instituição de ensino devidamente credenciada.

Alguns outros requisitos estabelecidos pela faculdade também devem ser cumpridos para que o processo ocorra tudo bem.

Uma das vantagens de optar pelo processo seletivo Portador de diploma, é que, não é preciso fazer um novo vestibular. Dessa forma, o estudante precisa apenas escolher uma boa instituição de ensino e realizar sua inscrição para o curso de Medicina Veterinária. Além de apresentar o diploma como prova da formação anterior, é necessário que o estudante apresente:

• Carteira de Identidade
• CPF
• Certidão de Nascimento
• Histórico Escolar do Curso Superior
• Sistema de Avaliação da Instituição de Origem
• Conteúdos Programáticos

Após o envio da documentação, basta aguardar a resposta da universidade. Importante pontuar que esse modelo de ingresso costuma oferecer descontos nas mensalidades. O percentual varia de acordo com a faculdade.

O Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) também é uma possibilidade e modelo de ingresso para o curso de Medicina Veterinária. Tanto universidades públicas quanto privadas costumam usar o Exame como critério de seleção para conceder vagas para diferentes cursos.

Programas governamentais, como Sisu (Sistema de Seleção Unificada), Prouni (Programa Universidade para Todos) e o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) utilizam a nota do Enem como requisito de seleção. No caso da esfera privada, as instituições de ensino superior particulares costumam usar o desempenho do aluno como alternativa de ingresso no curso de Medicina Veterinária.

Sisu    

O Sisu é uma possibilidade de estudar Medicina Veterinária nas universidades públicas do país. O programa do governo federal, criado em 2009 pelo MEC, surgiu como uma proposta de facilitar o acesso de jovens ao ensino superior.

O projeto foi idealizado pelo ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad durante o governo Lula. No primeiro semestre de 2010, o programa ofertou mais de 40 mil vagas em diversas instituições públicas pelo Brasil.

Como funciona o Sisu?

O Sisu utiliza a pontuação dos candidatos no Enem como critério principal de seleção. O processo seletivo acontece duas vezes no ano (no início e meio). Durante o período de inscrição, os candidatos podem se inscrever gratuitamente pelo site oficial do programa. Além da documentação pessoal, deve apresentar a nota do Enem, juntamente com o número de inscrição e a senha para acessar o sistema.

O estudante tem uma semana para se inscrever, e, durante esse período, pode escolher até duas opções de curso, indicando a ordem de preferência. Ao longo dos sete dias, é possível alterar as opções escolhidas quantas vezes forem necessárias. Vale considerar as notas de cortes atualizadas diariamente até o encerramento das inscrições.

Requisitos para participar do Sisu

Para estudar Medicina Veterinária através do Sisu, é necessário que o candidato tenha participado da última edição do Enem. Além disso, deve tirar uma nota mínima de 450 pontos e não ter zerado na redação.

Algumas das vagas disponíveis no Sisu são para cotas, como previsto na Lei n° 12.711/2012.

Prouni

O Prouni é outra iniciativa do governo, criado em 2004 com objetivo de viabilizar o acesso ao ensino superior privado. O programa, portanto, concede bolsas de estudo integrais (100%) e parciais (50%) para cursos de graduação em instituições devidamente credenciadas e reconhecidas pelo MEC. O processo seletivo acontece duas vezes por ano, e o benefício é concedido para os candidatos que participaram do Enem mais recente.

Ter um bom desempenho no Exame é crucial para garantir uma vaga no programa, mas não só isso, como também atender alguns critérios estabelecidos.

Entre as exigências do programa está o socioeconômico, onde o candidato deve ter uma renda familiar bruta mensal per capita de até 1,5 salário-mínimo para bolsas integrais, e de até 3 salários-mínimos para bolsas parciais.

Além disso, deve atender uma das seguintes condições:

• Ter cursado ensino médio completo em escola pública ou escola privada como bolsista integral
• Ser pessoa com deficiência
• Ser professor de rede pública de ensino

As inscrições para o Prouni são feitas no site oficial do programa. Durante o período de inscrição, o estudante pode escolher até duas opções de curso, instituição e turno. Após o término, os candidatos são selecionados de acordo com sua nota do Exame Nacional do Ensino Médio. Além disso, vale ficar atento à nota de corte, pois as bolsas são concedidas a partir da quantidade disponível para cada curso, instituição e modalidade de ensino.

Fies

Assim como Sisu e o Prouni, o Fies é outro programa do governo federal que permite acesso às universidades privadas. Nele, os alunos podem pagar as mensalidades de seus cursos apenas quando finalizarem a graduação em Medicina Veterinária.

O programa trabalha em duas modalidades: o Fies e o P-FIES. A diferença entre os dois está nas fontes de recursos e nas condições de financiamento. O Fies é destinado a estudantes com renda familiar bruta per capita de até três salários-mínimos. Enquanto o P-Fies para estudantes com renda familiar per capita de até cinco salários-mínimos.

As inscrições são feitas pela internet, no Sistema de Seleção do Fies (FiesSeleção), durante os períodos estabelecidos pelo MEC.

Critérios de seleção do Fies

Participação no Enem: é necessário ter participado do Enem a partir de 2010, e obtido média mínima de 450 pontos nas provas objetivas, além de não ter zerado na redação.

Os candidatos são selecionados a partir das suas notas, seguidos dos critérios de renda familiar.

Contratação

A contratação do Fies para Medicina Veterinária é feita por um agente financeiro parceiro do Fies, como a Caixa Econômica Federal ou Banco do Brasil.

O pagamento começa a ser feito apenas após a conclusão do curso. O Fies oferece um período de carência de 18 meses, onde o estudante paga apenas uma parcela reduzida.

Com as novas regras do Fies, os alunos beneficiados têm um financiamento com juros anuais de 6,5%, um período de carência de 18 meses e um prazo de pagamento que pode ser até três vezes o tempo de duração do curso financiado.

Além disso, o Fies também reduziu as fases de pagamento de quatro para três. A fase em que o estudante pagava um valor fixo nos primeiros 12 meses após a conclusão do curso foi removida.

Fases do financiamento

Utilização: período entre o início do Fies e o mês antes do início da carência é quando o estudante deve pagar os juros do financiamento a cada três meses. Esses juros são limitados a R$ 150 por trimestre.

Carência: período entre o mês seguinte ao fim da fase de utilização e o mês anterior ao início da fase de amortização é quando o estudante deve continuar pagando os mesmos juros trimestrais que pagava durante a fase de utilização.

Amortização: a amortização inicia-se a partir do 19° após o fim da fase de utilização. Nesse período, o saldo devedor do financiamento é pago em parcelas mensais, iguais e sucessivas, calculadas com base na Tabela “Price”. O prazo para pagamento é de até três vezes o tempo em que o estudante permaneceu financiado.