Revalida: veja como funciona a revalidação de diplomas de Medicina
Atualmente, os interessados em serem profissionais da saúde podem encontrar oportunidades de cursar Medicina no exterior, em países da América Latina, por exemplo, a fim de alcançarem o diploma desta importante profissão.
Porém, com o retorno para os estados brasileiros e a vontade de atuar nas clínicas destas regiões, há a necessidade de fazer a validação de um diploma do exterior para as normas nacionais.
Se você é um brasileiro formado como médico em um país estrangeiro ou um médico de outra nacionalidade que deseja exercer a profissão na saúde nacional, conhecer mais sobre como funciona o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos, o Revalida, é essencial.
A seguir, iremos explicar mais sobre o assunto. Continue lendo e confira!
Neste artigo você vai encontrar:
O que é o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos?
Implementado em 2011 numa parceria entre os Ministérios da Educação e da Saúde, o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos tem como propósito analisar como estão os conhecimentos, as habilidades e as competências dos profissionais com diplomas estrangeiros a fim de que estejam adequados ao que o Sistema Único de Saúde (SUS) requer.
Dessa forma, o Revalida é uma prova obrigatória para que os médicos que não tenham obtido o seu diploma em universidades brasileiras comprovem estarem de acordo com as normas, boas práticas e regulamentações do Brasil. Isso porque se refere a uma maneira de alinhar o que será praticado por tal profissional.
Como é feito o Revalida?
O exame do Revalida é dividido em duas partes: a primeira sendo teórica e a segunda, prática.
Na parte teórica, e primeira etapa do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos, os participantes devem responder às 100 questões de múltipla escolha e às cinco questões discursivas da avaliação escrita. Para isso, são destinadas oito horas: cinco horas para as perguntas objetivas e três para as discursivas.
Já quando se trata da parte prática do Revalida, funciona da seguinte maneira: as suas habilidades clínicas serão testadas por meio do exercício de atividades que fazem parte do dia a dia da profissão, como preparar as anamneses dos dez pacientes e outras.
São dois turnos de duração para essa avaliação e há uma banca examinadora acompanhando o desempenho de cada candidato ao Revalida. E é importante saber que só irá fazer a segunda etapa aqueles que forem aprovados nas questões de múltipla escolha e discursivas da etapa anterior.
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Qual a nota para ser aprovado no Revalida?
Assim como acontece nos vestibulares para ingresso na faculdade, no Revalida também há uma pontuação mínima a ser obtida para que o diploma seja validado corretamente.
Nas últimas edições de 2023, a nota de corte do Revalida foi por volta de 93,635, sendo no máximo 150 pontos. Porém, a cada nova época do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos, essa pontuação mínima pode mudar e estará descrita no edital da edição em questão.
Com isso, é necessário bastante preparo e atenção durante o exame para conseguir alcançar essa quantidade de pontos e ser aprovado no exame.
Quanto custa para fazer a prova do Revalida?
De acordo com informações oficiais do Ministério da Educação, a taxa de inscrição para participar dessas avaliações do Revalida é de R$ 410 para a primeira etapa e de R$ 4106,09 para a segunda etapa. Estes valores devem ser pagos por meio do boleto gerado após o preenchimento do formulário de participação.
Para fazer a inscrição e/ou consultar mais informações sobre a prova no seu edital, basta acessar o site próprio do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos com uma conta gov.br.
Quantas vezes pode fazer o Revalida?
Até o momento, não existe nenhuma regra sobre número máximo de tentativas para fazer o Revalida. Portanto, saiba que você poderá aplicar quantas vezes forem necessárias a fim de alcançar a revalidação do seu diploma do exterior.
Ah, e são duas edições por ano, de forma que em um período de 12 meses você tenha até duas tentativas.
Qual a validade do Revalida?
Caso seja aprovado no Revalida, saber a validade que esse novo documento tem é essencial. No entanto, se refere a uma informação que será definida por cada instituição de ensino dentre as universidades parceiras, mas que deve ser de no mínimo de um ano a partir da divulgação do resultado do exame.
Por isso, se você teve sucesso nas duas etapas do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos, busque se informar junto à universidade que fez a sua revalidação para saber qual é a validade exata do diploma.
O que acontece depois de passar no Revalida?
Após ser aprovado com a pontuação exigida pela avaliação, saiba que deverá colocar em prática uma etapa tão importante quanto às anteriores: consultar quais são as universidades parceiras e fazer a revalidação do seu diploma de médico no exterior junto às mesmas para que possa atuar em território nacional.
Apesar de ser uma iniciativa do Ministério da Educação, não é o Inep que faz essa parte da documentação, mas sim as próprias instituições de ensino superior participantes.
Assim, de acordo com as instruções do próprio Revalida, é necessário se dirigir à universidade parceira de sua escolha para apresentar as documentações exigidas e concluir este processo. É comum que cada instituição de ensino tenha algumas exigências internas, sendo mais um ponto de atenção.
Entre os documentos que deverão ser apresentados está o “diploma de graduação em Medicina expedido por Instituição de Educação Superior Estrangeira, sendo uma universidade reconhecida no país de origem pelo seu Ministério da Educação ou órgão equivalente, autenticado pela autoridade consular brasileira ou pelo processo da Convenção sobre a Eliminação da Exigência de Legalização de Documentos Públicos Estrangeiros, promulgado pelo Decreto nº 8.660, de 29 de janeiro de 2016”, de acordo com o Governo Federal.
Por fim, saiba que se você é um estrangeiro que está buscando a revalidação, também é obrigatório ter CPF e morar no Brasil.
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Texto escrito por: Prasaber
