Os gastos com livros e materiais escolares estão entre as principais despesas na vida de quem estuda. Seja no ensino básico ou na faculdade, esses itens costumam representar um gasto significativo, especialmente no início de cada semestre. Com a alta dos preços e a variedade de exigências em cursos e disciplinas, há diversos estudantes buscando maneiras de economizar sem prejudicar o aprendizado.
Planejar esses gastos é uma forma inteligente de manter o orçamento equilibrado e evitar surpresas. Existem estratégias simples e eficazes para reduzir custos, como o uso de bibliotecas, a compra de livros usados e a adoção de versões digitais. Está curioso para saber quais são elas? Vem com a gente que vamos te mostrar a seguir.
Neste artigo você vai encontrar:
Por que os gastos com livros e materiais impactam tanto no orçamento?
Os livros e materiais escolares estão mais caros do que nunca. Estudos recentes mostram que o preço médio dos livros subiu mais de 20% nos últimos anos, acompanhando a inflação e o aumento dos custos de papel e impressão. Esse cenário afeta diretamente o bolso dos estudantes e das famílias, que precisam arcar com despesas cada vez mais altas.
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No caso de estudantes universitários, o impacto é ainda maior. Além dos livros didáticos, há materiais específicos de cada curso, como jalecos, itens de papelaria para maquetes, instrumentos de laboratório, softwares e equipamentos. Em cursos de áreas como saúde, engenharia, arquitetura ou design, o valor total desses itens pode chegar a milhares de reais por semestre.
Para entender melhor esse impacto, vale diferenciar os principais tipos de material utilizados nos estudos. Os livros didáticos são os que seguem o conteúdo oficial das disciplinas e são adotados por escolas e universidades. Já os livros paradidáticos complementam o aprendizado, oferecendo leituras extras, exercícios e exemplos práticos. No ensino superior, os materiais acadêmicos incluem apostilas, artigos científicos e manuais técnicos, que também exigem investimento.
Em média, uma família gasta entre R$ 500 e R$ 1.500 por aluno com material escolar no início do ano letivo. Em cursos universitários, o valor pode ultrapassar R$ 2.000, dependendo da área. Esses números mostram a importância de buscar alternativas para economizar, especialmente quando o orçamento é limitado.
Como posso reduzir os gastos com livros e materiais?
Com planejamento e criatividade, é possível economizar de forma significativa. A seguir, confira as 10 dicas práticas que ajudam a reduzir os gastos com livros e materiais sem comprometer a qualidade dos estudos.
Dica 1: Aproveite bibliotecas físicas e digitais
As bibliotecas continuam sendo grandes aliadas de quem busca aprender sem gastar muito. Universidades, escolas e até plataformas públicas oferecem acesso gratuito a livros físicos e digitais.
Muitos acervos online disponibilizam e-books, artigos e teses de forma gratuita, como o portal SciELO ou o Google Livros. Para estudantes, essa é uma forma prática e acessível de estudar sem precisar comprar cada obra.
Dica 2: Compre livros usados ou em sebos
Adquirir livros usados é uma estratégia simples que gera economia real. Sebos e sites de revenda, como Estante Virtual, OLX e marketplaces, oferecem títulos em bom estado com preços bem menores que os de novas edições. É comum encontrar exemplares de obras exigidas em universidades, muitas vezes com poucas marcas de uso.
Dica 3: Troque ou compartilhe livros entre colegas
A troca de livros entre colegas, ou até com os seus professores, é uma prática econômica e sustentável. Diversos cursos têm disciplinas com a mesma bibliografia em turmas diferentes. Dessa forma, criar um sistema de troca entre alunos ajuda todos a poupar e ainda promove o compartilhamento de conhecimento.
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Além disso, algumas universidades mantêm feiras de livros e grupos de troca em redes sociais, o que facilita esse processo.
Dica 4: Prefira versões digitais e e-books
Os e-books costumam custar menos que os exemplares físicos e têm a vantagem de ocupar menos espaço. Plataformas como Kindle Unlimited e Google Play Livros permitem o acesso a diversos títulos por assinatura mensal. Além de mais baratos, os livros digitais podem ser lidos em qualquer dispositivo, tornando o estudo mais prático e flexível.
Dica 5: Planeje a compra de materiais escolares
O planejamento é essencial para evitar gastos desnecessários. Antes de sair comprando, revise a lista de materiais e verifique o que realmente será usado. Comprar com antecedência e fora da época de volta às aulas ajuda a encontrar preços melhores. Fazer um orçamento e comparar valores em diferentes lojas também é fundamental para evitar desperdícios.
Dica 6: Reutilize materiais de anos anteriores
Reaproveitar materiais em bom estado é uma forma simples de economizar. Cadernos, pastas, canetas e mochilas podem ser reutilizados com pequenas adaptações. Com essa prática, você reduz os gastos e estimula hábitos sustentáveis e o consumo consciente, algo cada vez mais valorizado em ambientes educacionais.
Dica 7: Compre em atacado ou em conjunto com outros pais
A compra em grupo é uma ótima forma de negociar descontos. Quando várias pessoas se unem para adquirir o mesmo tipo de material, como folhas, lápis ou tintas, é possível conseguir preços mais baixos. Para facilitar essa compra coletiva, inventive que as escolas e universidades organizem grupos para realizar essas compras coletivas e reduzir o custo por aluno.
Dica 8: Utilize grupos de compra e venda de estudantes
As redes sociais estão cheias de grupos de estudantes que vendem livros e materiais usados. É comum encontrar obras específicas de determinado curso por valores bem menores que os de lojas. Além de economizar, esses grupos permitem contato com outros alunos, troca de dicas e até a doação de materiais que não são mais necessários.
Dica 9: Aproveite programas de distribuição de livro didático
No ensino básico, o Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) distribui gratuitamente livros didáticos para alunos da rede pública. Já algumas universidades e faculdades privadas oferecem acesso digital a bibliotecas virtuais ou firmam parcerias com editoras. Vale sempre conferir se sua instituição participa de algum programa desse tipo, pois isso pode representar uma economia considerável.
Dica 10: Pesquise preços e use cupons de desconto
Pesquisar antes de comprar faz toda a diferença. Sites comparadores de preços, como Buscapé e Zoom, ajudam a encontrar as melhores ofertas. Muitas lojas oferecem cupons de desconto e programas de cashback que podem reduzir o custo final da compra. Assinar newsletters de livrarias e papelarias também é uma boa estratégia para acompanhar promoções.
Gastos com livros entram no Imposto de Renda?
Uma dúvida comum entre estudantes e famílias é se os gastos com livros e materiais escolares podem ser abatidos no Imposto de Renda. A resposta é não. De acordo com a Receita Federal, somente despesas com mensalidades de instituições de ensino regular, creches e cursos de graduação ou pós-graduação podem ser deduzidas.
Isso significa que não é possível deduzir gastos com livros no Imposto de Renda, mesmo que o valor gasto seja alto. Isso porque esses custos não se enquadram na categoria de despesas educacionais aceitas. Portanto, é importante se planejar e buscar formas de economia, já que não há compensação fiscal para esse tipo de gasto.
Em alguns casos, profissionais autônomos podem declarar a compra de livros técnicos como despesa necessária ao exercício da profissão, mas isso depende da natureza do trabalho e do regime de tributação. Para evitar erros, o ideal é sempre consultar um contador antes de incluir esse tipo de despesa na declaração.
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