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Luz: fontes, propagação e principais fenômenos ópticos Luz: fontes, propagação e principais fenômenos ópticos

Luz: fontes, propagação e principais fenômenos ópticos

Você sabia que todas as coisas que estão a nossa volta só são possíveis de serem enxergadas por causa dos fenômenos relacionados à luz? Entre muitos existentes, reflexão, refração e dispersão são os de maior destaque, tanto é que também são temas que podem aparecer na prova de Ciências da Natureza e suas Tecnologias do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Pensando nisso, preparamos um conteúdo completo para você se dar bem na prova! Continue a leitura e saiba mais sobre fontes de luz, propagação e principais fenômenos ópticos.

O que é luz?

Luz é uma forma de radiação eletromagnética capaz de provocar sensação visual num observador normal. Ela transporta a chamada “energia radiante”, que é capaz de sensibilizar as células de nossa retina e provocar a sensação de visão.

A luz pode se propagar no vácuo com velocidade de aproximadamente 300 mil km/s. As frequências de luz que são visíveis ao olho humano são chamadas de espectro visível – ondas com comprimentos entre 400 nm e 700 nm. Ondas eletromagnéticas que apresentam frequências menores que a da luz visível são chamadas de infravermelho, enquanto as que apresentam frequências maiores são chamadas de ultravioleta.

A luz já foi estudada e interpretada de diversas formas. Entre algumas das suas descrições, podemos ressaltar a geométrica, a ondulatória e a corpuscular. Vamos entender melhor cada um destes conceitos logo abaixo. Continue com a gente!

Geométrica

A luz pode ser representada por retas, que são chamadas de raios de luz. Um conjunto de raios de luz, por sua vez, é chamado de feixe. Para a óptica geométrica, a luz se propaga somente em linha reta e a interpretação geométrica da luz é capaz de explicar o funcionamento de lentes e espelhos.

Ondulatória

A luz se propaga no espaço, transportando energia consigo. A frequência da luz, nesse caso, diz respeito ao número de oscilações realizadas pelos campos elétrico e magnético, a cada segundo. De acordo com a natureza ondulatória, a luz se propaga em uma direção perpendicular ao campo eletromagnético. A descrição eletromagnética da luz também explica o surgimento dos fenômenos de interferência, difração, refração e polarização, por exemplo.

Corpuscular

A luz é formada por muitas partículas dotadas de movimento linear – porém, são partículas sem massa, chamadas de fótons. Esse tipo de interpretação explica os fenômenos citados anteriormente, bem como alguns fenômenos quânticos, como o efeito fotoelétrico.

Fontes de luz

Qualquer corpo capaz de emitir luz pode ser considerado uma fonte de luz. A palavra “fonte” dá a ideia daquilo que origina ou produz efeito – nesse caso, aquilo que produz a luz. Existem fontes de luz primárias e secundárias.

Fontes primárias ou corpos luminosos

As fontes primárias são aquelas que emitem luz própria ou são corpos luminosos. Elas se subdividem em:

Incandescentes

Emitem luz em virtude de sua elevada temperatura. Exemplos:

  • Sol: é um exemplo clássico de uma fonte incandescente. Sua temperatura superficial extremamente elevada faz com que emita luz e calor para o espaço;
  • Lâmpadas de Filamento: essas lâmpadas funcionam pela passagem de corrente elétrica através de um filamento metálico, elevando sua temperatura até o ponto de emitir luz visível.

Luminescentes

São corpos que emitem luz devido a um processo químico ou físico, sem que haja necessariamente um aumento de temperatura. Exemplos:

  • Fluorescência: é um tipo de luminescência na qual a substância absorve luz de uma certa frequência e emite luz de frequência diferente, geralmente de maior comprimento de onda, quase que instantaneamente. Exemplos incluem lâmpadas fluorescentes e materiais fluorescentes;
  • Fosforescência: semelhante à fluorescência, mas com a liberação de luz ocorrendo de forma mais lenta, podendo persistir por algum tempo após a fonte de excitação ter sido removida. Exemplos incluem relógios de pulso luminosos e brinquedos que brilham no escuro;
  • Bioluminescência: é um fenômeno encontrado em certos organismos vivos, nos quais reações químicas específicas dentro do corpo produzem luz visível. Exemplos incluem vaga-lumes e alguns peixes nas profundezas do oceano.

Fontes secundárias ou corpos iluminados

As fontes secundárias de luz, ou corpos iluminados, são objetos ou superfícies que refletem a luz proveniente de fontes primárias. Em outras palavras, esses corpos não emitem luz própria, mas tornam-se visíveis ao refletirem a luz que incide sobre eles. Veja alguns exemplos:

  1. Objetos refletores:
    • Espelhos: superfícies polidas que refletem a luz de forma especular, mantendo a direção dos raios de luz.
    • Superfícies metálicas polidas: muitos metais polidos, como alumínio e prata, têm a capacidade de refletir a luz de forma bastante eficiente.
    • Água calma: superfícies de água calma atuam como espelhos naturais, refletindo a luz do Sol ou outras fontes luminosas.
  2. Superfícies difusoras:
    • Paredes pintadas: paredes pintadas com tintas opacas difundem a luz, fazendo com que ela se espalhe em várias direções.
    • Papéis brancos ou superfícies claras: superfícies brancas ou claras também são capazes de refletir a luz, embora de forma menos direcional do que os espelhos.
    • Tecidos brancos ou claros: tecidos como algodão ou linho em cores claras podem refletir a luz de forma difusa.
  3. Corpos celestes:
    • Lua: a Lua é um exemplo clássico de um corpo iluminado. Ela não emite luz própria, mas reflete a luz do Sol, tornando-se visível para nós na Terra.
    • Planetas: planetas como Vênus, Marte e Júpiter também refletem a luz do Sol e são visíveis no céu noturno.
    • Satélites artificiais: objetos artificiais, como satélites, podem ser visíveis no céu noturno quando refletem a luz solar.

Meios de propagação da luz

Esse é um dos temas mais importantes dentro desse ramo de estudo sobre a luz. Por isso, neste tópico, vamos entender os meios nos quais a luz pode se propagar, indicando o seu comportamento em cada um dos três diferentes meios, que são: os meios transparentes, os meios translúcidos e os meios opacos.

Mas, antes, é importante diferenciar meio homogêneo e meio isótropo ou isotrópico. O meio homogêneo apresenta as mesmas propriedades físicas em todos os seus pontos. Já o meio isótropo ou isotrópico apresenta propriedades físicas medidas em um ponto do meio que não depende da direção em que é examinado.

Quando temos um feixe de luz, sabemos que a sua trajetória será sempre retilínea, a não ser que tal feixe sofra alguma perturbação, uma vez que a luz se trata também de uma onda. Essa perturbação pode ocorrer na forma de reflexão, tal como ocorre nos espelhos planos e esféricos. Também pode ocorrer na forma de refração, quando a luz tem a sua trajetória modificada devido à presença de algum anteparo.

Ainda, a luz pode ser absorvida, e parar totalmente a sua propagação. Veremos, então, quais meios causam essas situações e quais as suas particularidades. Vamos lá?! ?

Meios transparentes

Os meios transparentes permitem a passagem da luz e os objetos podem ser observados através deles. São aqueles em que a luz pode se propagar sem sofrer nenhum tipo de interferência. O melhor exemplo é o vácuo, que não causa qualquer tipo de alteração na propagação da trajetória da luz.

No entanto, alguns meios causam uma pequena alteração na propagação da luz, sendo também considerados como meios transparentes. Eles são: os vidros, o ar, a água, o papel celofane, os cristais perfeitamente sólidos, entre outros. Dessa forma, um objeto posicionado atrás de um anteparo transparente pode ser visto com clareza, sem nenhum tipo de distorção. Veja na imagem a seguir a representação de um meio transparente:

meios transparentes de propagação da luz

Meios translúcidos

Os meios translúcidos permitem a passagem de uma parte da luz incidente, e, por essa razão, os objetos não podem ser observados totalmente através deles e só se observam contornos.

Eles são definidos como os meios nos quais a luz consegue atravessá-los de maneira irregular ou difusa. Nesses meios, um objeto posicionado atrás de um anteparo pode ser observado pelo observador, no entanto, a imagem formada não será tão clara, podendo apresentar distorções quanto ao objeto real. São considerados meios translúcidos os vidros foscos, o papel vegetal, o papel manteiga e até mesmo as nuvens.

meios translúcidos de propagação da luz

Meios opacos

Os meios opacos não permitem a passagem da luz. Sendo assim, em um meio opaco, o anteparo impede a propagação da luz. Isso faz com que o observador não consiga enxergar nada posicionado atrás do objeto.

Em nosso cotidiano, são inúmeros os exemplos de materiais opacos, tais como: madeira, concreto, tijolos, chapas de aço. Observe a seguir a representação de um anteparo opaco:

meios opacos de propagação da luz

Princípios da propagação da luz

Os princípios da propagação explicam como os raios de luz se comportam em diversas situações. Eles são válidos sob condições específicas que envolvem meios ópticos homogêneos (de índice de refração constante) e isotrópicos (que apresentam as mesmas propriedades, independentemente da direção). Conheça cada um desses princípios:

Propagação retilínea da luz

O primeiro princípio da propagação da luz, também conhecido como propagação retilínea da luz, é um dos fundamentos básicos da óptica geométrica. Ele afirma que a luz se propaga em linha reta em um meio homogêneo e transparente, na ausência de obstáculos ou mudanças bruscas de meio. Esse princípio tem implicações significativas na formação de sombras, reflexão e refração da luz.

A propagação retilínea da luz pode ser entendida a partir das seguintes características:

  • Homogeneidade do meio: o princípio se aplica a meios homogêneos e transparentes, nos quais não há variações significativas na densidade ou composição ao longo do percurso da luz;
  • Ausência de obstáculos: a luz continua em linha reta, a menos que encontre um obstáculo opaco que a absorva ou bloqueie;
  • Mudanças de meio transparente: quando a luz passa de um meio transparente para outro, ela sofre refração, mas continua a se propagar em linha reta dentro de cada meio, seguindo as leis da reflexão e refração.

Esse princípio é fundamental para entender fenômenos como a formação de sombras. Por exemplo, quando uma fonte de luz é bloqueada por um objeto opaco, as regiões atrás do objeto estão na sombra, pois a luz não pode dobrar-se em torno do objeto e continua em linha reta. Além disso, a propagação retilínea da luz é fundamental para a óptica de instrumentos como telescópios e microscópios, nos quais a luz precisa ser controlada e direcionada com precisão para formar imagens nítidas.

No entanto, em condições especiais, como em meios com índices de refração variáveis, como na atmosfera terrestre em diferentes altitudes, ou em casos de fenômenos ópticos avançados, como a dispersão, a propagação retilínea da luz pode ser influenciada por fatores adicionais. No entanto, em situações normais, o primeiro princípio da propagação da luz é uma simplificação útil e precisa para entender o comportamento básico da luz em muitas situações do mundo real.

Independência dos raios luminosos

O princípio da independência dos raios luminosos é outro conceito fundamental na óptica geométrica. Ele postula que os raios de luz que se propagam em diferentes direções não interferem uns com os outros. Isso significa que os raios de luz não se influenciam mutuamente em sua propagação, mesmo quando se cruzam ou se encontram no espaço.

Esse princípio pode ser entendido com base nas seguintes características:

  • Propagação individual: cada raio de luz se propaga independentemente dos outros. Isso significa que eles mantêm sua direção original e velocidade mesmo quando próximos uns dos outros.
  • Interseção de raios: quando raios de luz se cruzam no espaço, cada raio continua sua trajetória original após a interseção, sem desvio causado pelo encontro com outros raios.
  • Ausência de interferência: os raios de luz não interferem uns com os outros, o que significa que não há padrões de interferência como os observados em fenômenos ondulatórios.

Esse princípio é particularmente útil para explicar fenômenos como a formação de sombras e a propagação da luz em sistemas ópticos complexos. Por exemplo, ao considerar a formação de uma sombra, cada raio de luz proveniente de uma fonte de luz distinta segue sua própria trajetória até atingir o objeto que cria a sombra. Os raios não se desviam ou influenciam uns aos outros, permitindo que a sombra seja definida de forma precisa pela geometria do objeto bloqueador.

Reversibilidade dos raios luminosos

A reversibilidade dos raios luminosos é o terceiro conceito da óptica geométrica. Esse princípio postula que os raios de luz podem seguir o mesmo caminho quando percorrem o trajeto inverso em um meio homogêneo e transparente. Em outras palavras, se um raio de luz viaja de um ponto A para um ponto B em linha reta, ele pode percorrer o mesmo caminho de volta de B para A.

A reversibilidade dos raios luminosos pode ser compreendida considerando os seguintes aspectos:

  • Leis da reflexão e refração: as leis da reflexão e refração da luz são simétricas em relação à direção dos raios de luz. Isso significa que se um raio de luz é refletido em um ângulo específico de uma superfície refletora, ao inverter o trajeto da luz, ela será refletida de volta na mesma superfície com o mesmo ângulo em relação à normal à superfície. Da mesma forma, se um raio de luz sofre refração ao atravessar uma interface entre dois meios, ao inverter o trajeto da luz, ela sofrerá refração novamente com os mesmos ângulos;
  • Lei da propagação retilínea: a reversibilidade também está relacionada à propagação retilínea da luz. Se um raio de luz viaja em linha reta de um ponto A para um ponto B, ele pode seguir o mesmo caminho de volta de B para A, desde que o meio pelo qual a luz viaja permaneça homogêneo e transparente;
  • Espelhos e Lentes: em sistemas ópticos que envolvem espelhos e lentes, a reversibilidade dos raios luminosos permite que os engenheiros ópticos projetem e analisem o comportamento da luz tanto no sentido direto como no sentido inverso, facilitando o projeto de dispositivos ópticos complexos.

A reversibilidade dos raios luminosos é um conceito fundamental na óptica e tem implicações significativas no design e análise de sistemas ópticos, além de contribuir para nossa compreensão do comportamento da luz em uma variedade de situações.

Relação da luz com a óptica geométrica

A óptica geométrica é o ramo da óptica que se baseia na noção de raio de luz para descrever os fenômenos como a reflexão, a refração e a formação de imagens por meio da geometria, sem se importar com a natureza da luz. Essa abordagem permite a construção das representações geométricas que dão o seu nome.

Para quem está estudando para o vestibular, vale saber que a disciplina da física é dividida em várias partes dependendo do elemento de estudo. Desse modo, a mecânica estuda o movimento, a termologia (escalas termométricas) e o calor; a óptica, por sua vez, estuda a luz.

Como a luz apresenta comportamento duplo, podendo ser considerada onda ou partícula, os estudos da óptica se dividem em duas partes:

Óptica física

A óptica física é um ramo da física que estuda os fenômenos ópticos considerando a natureza ondulatória da luz, em contraste com a óptica geométrica, que trata a luz como raios que se propagam em linha reta. A óptica física aborda fenômenos mais complexos que não podem ser explicados apenas pelas leis da geometria óptica, como a difração, interferência, polarização e dispersão da luz.

Óptica geométrica

Quando a luz é considerada uma partícula e seus estudos são feitos a partir do conceito de raios de luz, conferindo um modelo geométrico para a luz.

A óptica geométrica é o ramo da física que estuda um conjunto de fenômenos – chamados de fenômenos luminosos – que têm como causa determinante o agente físico: a luz, que pode ser representada por retas, comumente chamadas de raios de luz. Para a óptica geométrica, a luz se propaga somente em linha reta. A interpretação geométrica da luz é capaz de explicar o funcionamento de lentes e espelhos.

A óptica geométrica interpreta a luz como segmentos de reta, chamados raios de luz. Os raios de luz são usados para ilustrar a direção e o sentido de propagação da luz. Grande parte dos fenômenos luminosos que observamos em nosso cotidiano pode ser explicada unicamente com as contribuições da óptica geométrica, como as sombras, os eclipses e a reflexão da luz.

Ela faz uso de uma concepção de luz relativamente simples, por isso, e por meio dela, podemos explicar facilmente como ocorre a formação de imagens em sistemas ópticos refletores, como espelhos planos e esféricos, mas também em sistemas ópticos refratores, como lentes delgadas, prismas e outros.

Fenômenos ópticos

Fenômenos ópticos são eventos observáveis a olho nu resultantes da interação da luz com a matéria. Reflexão regular, reflexão difusa, refração e absorção são fenômenos ópticos estudados pela física.

Reflexão

A reflexão da luz é responsável por conseguirmos enxergar a maior parte dos objetos a nosso redor. A maioria desses corpos são fontes secundárias de luz, também chamados de corpos iluminados, ou seja, não produzem luz própria, apenas refletem os raios luminosos que chegam até eles.

Ao incidir sobre uma superfície que separa dois meios de propagação, a luz sofre algum, ou mais do que um, dos fenômenos a seguir:

Reflexão regular

A luz que incide na superfície e retorna ao mesmo meio, regularmente. Ou seja, os raios incidentes e refletidos são paralelos. Ocorre em superfícies metálicas bem polidas, por exemplo, em espelhos.

Reflexão difusa

A luz que incide sobre a superfície volta ao mesmo meio, de forma irregular. Os raios incidentes são paralelos, mas os refletidos são irregulares. Isso acontece em superfícies rugosas e é responsável pela visibilidade dos objetos.

Refração

Refração da luz é o fenômeno que consiste na mudança de velocidade de propagação da onda eletromagnética quando esta atravessa meios ópticos diferentes. Durante a refração, o comprimento de onda da luz muda, enquanto a sua frequência permanece constante. A refração pode ou não ser acompanhada de uma mudança na direção da propagação da luz.

A luz incide e atravessa a superfície, continuando a se propagar no outro meio. Ambos os raios (incidentes e refratados) são paralelos, no entanto, os raios refratados seguem uma trajetória inclinada em relação aos incididos. Esse fenômeno ocorre quando a superfície separa dois meios transparentes.

Quando isso acontece, a velocidade de propagação da luz muda, já que ela depende de uma característica do meio óptico chamada de índice de refração absoluto. O índice de refração absoluto é uma grandeza adimensional, isto é, uma grandeza que não tem unidade de medida, calculada pela razão entre a velocidade da luz no vácuo e a velocidade da luz naquele meio.

fórmula da refração

Quanto maior for o índice de refração de um meio, menor é a velocidade em que a luz se propaga em seu interior – em outras palavras, dizemos que o meio é mais refringente. Uma vez que não existe qualquer meio óptico em que a luz se propague mais rapidamente que no vácuo, o índice de refração absoluto é sempre maior ou igual a 1.

Confira na tabela a seguir o índice de refração de alguns meios ópticos conhecidos:

Meio Óptico Índice de Refração
Ar atmosférico (25°C) 1,00029
Água (25°C) 1,33
Álcool etílico 1,36
Sal de cozinha 1,54
Glicerina 1,90
Acrílico 1,49
Diamante 2,42

Leis da refração

Depois de conhecermos os conceitos principais da refração, vamos entender como funcionam as suas leis.

1ª Lei da refração: retas coplanares

A primeira lei da refração afirma que os raios de luz incidente e refratado, bem como a reta normal, são retas coplanares, isto é, devem estar contidas no mesmo plano.

2ª Lei da refração: lei de Snell-Descartes

A segunda lei da refração, também conhecida como lei de Snell-Descartes, é usada para calcular o desvio angular sofrido pelo raio de luz refratado. De acordo com essa lei, a razão entre os senos dos ângulos de incidência e a refração é igual à razão entre as velocidades da luz nos meios incidente e refratado, respectivamente.

Absorção

A absorção da luz é um processo pelo qual a luz que incide sobre um corpo é convertida em energia. Ela pode ocorrer por qualquer corpo ou substância, no entanto, a forma como a luz é absorvida depende de sua frequência e da natureza dos átomos do corpo que é iluminado.

Quando a luz é absorvida, os elétrons passam a oscilar e emitir calor. Para que isso aconteça, a luz que incide sobre um material em particular precisa ter uma frequência de oscilação próxima da frequência da qual os elétrons dos átomos desse material vibram.

A cor dos objetos iluminados – que não produzem sua própria luz – depende da frequência que eles são capazes de absorver. Um objeto de cor azul, por exemplo, não é capaz de absorver a luz cuja frequência corresponde à cor azul, por isso, essa luz é refletida e o objeto é visto em tal coloração.

Portanto, absorção da luz é um fenômeno óptico que ocorre quando a radiação eletromagnética visível incide sobre a superfície de algum material, de forma que alguma parcela da energia carregada por essa luz permaneça retida nele. Os materiais capazes de absorver a luz visível são chamados de opacos.

Transmissão

A transmissão acontece quando a luz atravessa uma superfície ou objeto. Há três tipos de transmissão: direta, difusa ou seletiva.

Transmissão direta

Ocorre quando a luz atravessa um objeto e não há mudança na direção ou qualidade dessa luz. Esse fenômeno ocorre quando a luz atravessa um vidro ou o ar, por exemplo;

Transmissão difusa

Ocorre quando a luz passa através de um objeto transparente ou semitransparente, ambos com algum tipo de textura. A luz, ao invés de se projetar em uma única direção, é desviada em muitas direções;

Transmissão seletiva

Se dá quando a luz atravessa um objeto colorido. Parte da luz é absorvida e parte é transmitida por tal objeto. Se projetarmos luz branca sobre uma superfície vermelha (um filtro vermelho, por exemplo), a luz resultante será vermelha.

Difração

A difração pode ser definida como a capacidade das ondas em contornar obstáculos. Quando uma onda se choca com um obstáculo que possui uma abertura com dimensões comparáveis a seu comprimento, as partes da onda que passam pelo espaço aberto se abrem e atingem as regiões opostas ao obstáculo.

Por exemplo: ao deixarmos cair uma pedra sobre a superfície de um líquido, veremos a formação de ondulações em forma de círculos concêntricos. A essas ondulações damos o nome de ondas, as quais, por terem pequenas amplitudes, consideramos ondas transversais. No decorrente movimento dessas ondas, elas tanto podem ser refletidas como podem ser refratadas.

O fenômeno denominado difração nada mais é do que o desvio ou espalhamento sofrido pela onda quando esta contorna ou transpõe obstáculos colocados em seu caminho. Podemos dizer que tal fenômeno acontece com todos os tipos de ondas e é facilmente perceptível em ondas sonoras. Um exemplo da difração sonora é quando estamos ouvindo uma música sendo tocada do outro lado de um muro.

A maior ou menor capacidade que uma onda tem de sofrer difração está relacionada ao tamanho do obstáculo a ser contornado ou à largura da passagem a ser transposta e o seu comprimento de onda.

Interferência

O fenômeno da interferência acontece sempre que duas ondas de quaisquer naturezas se encontram. Essa ocorrência pode ser classificada como destrutiva ou construtiva.

Quando dois pequenos objetos, como duas pedras, por exemplo, batem sobre a superfície de um líquido como um rio, ondas circulares se propagam sobre essa superfície. Supondo que essas ondas formadas possuam a mesma frequência, mesmo comprimento de onda e que as fontes possuam diferença de fase constante, em um dado instante, há a interceptação dos pulsos das ondas, ocorrendo, dessa forma, a interferência, que é o fenômeno que representa a superposição de duas ou mais ondas em um mesmo ponto. Isso acontece de acordo com o princípio da superposição de ondas e pode ser classificado em interferência construtiva e interferência destrutiva.

Interferência destrutiva

Ocorre quando as ondas não têm a mesma fase e possui caráter de aniquilação;

Interferência construtiva

Ocorre quando as ondas apresentam a mesma fase e possui caráter de reforço, ou seja, há a formação de uma onda maior do que aquelas que lhe deram origem.

A interferência é um fenômeno típico dos movimentos ondulatórios, ou seja, pode-se obter a interferência com duas ou mais fontes luminosas ou fontes sonoras, como o alto-falante. A interferência também ocorre nas bolhas de sabão: o feixe luminoso, ao incidir na bolha, sofre esse fenômeno tanto na superfície superior quanto na inferior. Em virtude disso, surgem regiões escuras, que são as zonas de interferência destrutiva, e as regiões claras, que correspondem às zonas de interferência construtiva.

Polarização

A polarização da luz ocorre quando a luz natural, que antes se propagava em todos os planos, passa a se propagar em um único plano. As fontes luminosas geralmente emitem luzes formadas por ondas eletromagnéticas que vibram em várias direções. Nessas, há sempre um plano perpendicular para cada raio de onda luminosa. Essa luz é chamada de luz natural ou luz não polarizada.

Na natureza, existem substâncias que, ao serem atravessadas pelos feixes de luz, deixam passar apenas uma parte da onda luminosa. Desse acontecimento ocorre um fenômeno chamado de polarização da luz. A luz natural, que antes se propagava em todos os planos, agora passa a se propagar em um único plano.

A polarização pode ser entendida como o processo de filtrar ondas, no qual elas são selecionadas de acordo com a direção de vibração, após passarem por um material que serve como filtro, denominado de polarizador. Esse é um fenômeno exclusivo das ondas transversais, tipo de ondas que possuem a propagação perpendicular à vibração. Ondas longitudinais, que possuem direção de propagação paralela à direção de vibração, não podem ser polarizadas. O som é um tipo de onda longitudinal e, por isso, não pode ser polarizado.

Os polarizadores funcionam como uma fenda, permitindo que a luz passe somente em um plano. Se acontecer de dois polarizadores estarem alinhados na mesma direção, a luz passa pelo primeiro, mas no segundo não se vê nada, pois não haverá emergência de luz.

O acontecimento da polarização da luz dá evidências claras de que ela é formada por ondas transversais. Dessa maneira, o fenômeno só pode acontecer com esse tipo de onda específica. Assim, podemos concluir que não acontece polarização com as ondas sonoras, pois elas são do tipo longitudinal.

transmissão, absorção e reflexão

Meios de propagação da luz, fenômenos ópticos e velocidade da luz são possíveis temas que podem aparecer em avaliações de escolas, vestibulares de universidades públicas ou privadas (como a Fuvest, por exemplo) e até mesmo no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Por isso, é importante estudar esses assuntos e realizar alguns simulados de física para sempre se manter atualizado.

Geralmente, os exercícios cobrados em provas destinam-se ao estudo da luz e de seus fenômenos. E, para te ajudar ainda mais, nós preparamos um compilado de questões para você resolver e treinar antes da maratona de vestibulares. Agora é com você, bons estudos!

Agora que você sabe tudo sobre a luz e seus fenômenos ópticos, leia também sobre:

Texto escrito por: PRAVALER
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