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Segundo Reinado: resumo, economia, política e mais! Segundo Reinado: resumo, economia, política e mais!

Segundo Reinado: resumo, economia, política e mais!

O Segundo Reinado foi um período bem marcante na história do Brasil. Trata-se da segunda etapa da monarquia no país, governada por Dom Pedro II entre os anos de 1840 e 1889. Mas engana-se quem acredita que Dom Pedro II assumiu o poder de forma tranquila. Tudo começou com um golpe, realizado pelos políticos liberais para declarar o monarca maior de idade e coroá-lo aos 14 anos.

O período se encerra em 1889 com a Proclamação da República. Dom Pedro II foi o último monarca do Brasil e o que mais ficou mais tempo no poder.

Neste artigo vamos explorar os principais aspectos desse período, incluindo a política, sociedade, economia, abolição da escravidão, a Guerra do Paraguai e o fim do Segundo Reinado. Vamos lá mergulhar na história desse período crucial para compreendermos melhor como esses anos moldaram nosso país? Boa leitura!

Resumo do Segundo Reinado

Para que o Segundo Reinado iniciasse no Brasil, foi necessário antecipar a maioridade de Pedro de Alcântara para que ele pudesse assumir o trono. Acontece que Pedro tinha apenas 14 anos, então, foi desenvolvida uma estratégia para tornar isso possível. Foi aplicado um golpe, que recebeu o nome de Golpe da Maioridade.

Política do Segundo Reinado

O Golpe da Maioridade foi ideia do Partido Liberal, que era conhecido como os “luzias”. O ato deu certo, e eles conseguiram adiantar a maioridade de Pedro, que assumiu o poder aos 15 anos de idade, no dia 23 de julho de 1940.

O objetivo do Partido Liberal era garantir a influência no poder e resolver toda a instabilidade política causada pelo governo regencial, período que veio logo após o fim do reinado de Dom Pedro I, e que causou muito transtorno no país, com uma série de rebeliões nas províncias.

Naquela época tinha também o Partido Conservador, conhecido como os “saquaremas”. Tanto o Partido Conservador quanto o Partido Liberal foram os primeiros partidos políticos do Brasil e ambos defendiam o interesse da aristocracia. Os conservadores apoiaram a maior centralização do poder, enquanto os liberais buscavam ter mais autonomia para as províncias.

Em 1847, Dom Pedro II introduziu o parlamentarismo no Brasil. Nesse período, o sistema funcionava de forma um pouco diferente do modelo britânico, em que o primeiro-ministro era o líder do partido mais votado.

No Brasil, o Presidente do Conselho era escolhido pelo Imperador a partir de uma lista com três candidatos. Esse Imperador, aliás, também tinha o Poder Moderador, mas quase não usava.

Comparado ao Período Regencial, de 1831 a 1840, o Segundo Reinado teve menos conflitos internos, e foi caracterizado por uma época relativamente estável em termos de política e progresso econômico. No entanto, foi marcado também por importantes conflitos e revoltas, como a Revolução Praieira, em Pernambuco, que aconteceu de 1848 a 1850; a Revolta dos Muckers, no Rio Grande do Sul, de 873 a 1874; e a Revolta dos Quebra-Quilos, no Nordeste, de 1872 a 1877.

A Guerra do Paraguai foi um divisor de águas durante o Segundo Reinado. Tratou-se de um conflito onde o Brasil se envolveu em uma luta contra o Paraguai entre 1864 e 1870. Veremos mais detalhes sobre esse conflito ao longo desse conteúdo! Continue a leitura!

Veja também: Saiba tudo sobre o período colonial no Brasil

Economia do Segundo Reinado

Na época do Segundo Reinado, as condições de cultivo no Vale do Paraíba, no Rio de Janeiro, impulsionaram a produção e exportação do café, que, posteriormente, veio se espalhar por São Paulo e Minas Gerais, e substituindo o açúcar.

O Brasil, então, passou a exportar mais do que importava, e a demanda por café consequentemente aumentou. A procura era tão alta que a necessidade por mão de obra também cresceu significativamente.

Mas, para proteger seus negócios, os fazendeiros de café se opunham às leis que favoreciam a abolição da escravidão, já que para produção de café, boa parte dos trabalhadores eram escravizados. Ao mesmo tempo, apoiavam a imigração de trabalhadores, entre eles, italianos e alemães, para os cafezais.

O Oeste Paulista utilizou muito da mão de obra escrava, mas lá para os anos de 1880, substituiu os trabalhadores pelos imigrantes que passaram a chegar em grande escala no país.

O crescimento das exportações de café marcou a economia do Brasil durante esse período, e incentivou a construção das primeiras ferrovias e a urbanização. Os portos de Santos e Rio de Janeiro, por exemplo, foram frutos disso.

Naquela época também surgiram as primeiras fábricas de tecidos, alimentos e outros bens de consumo no Brasil, ainda que de maneira isolada, mas foi um grande marco para o setor econômico no país.

A Era Mauá aconteceu entre 1840 e 1860, e nesse período, as receitas do Brasil aumentaram quatro vezes mais. Esse crescimento econômico foi atribuído ao fim do tráfico negreiro no país, por meio da Lei Eusébio de Queirós, de 1850. Todos os recursos usados para o tráfico negreiro foram utilizados para outros investimentos, e consequentemente, aumentaram as exportações do país.

Sociedade do Segundo Reinado

A sociedade brasileira durante o Segundo Reinado foi profundamente marcada pela escravidão, que ainda era base da economia agrícola.

Pressões internas e externas foram responsáveis pela abolição da escravidão. Movimentos começaram a ganhar força com o apoio de intelectuais políticos e parte da população urbana. A Lei Eusébio de Queirós, mencionada há pouco, fez parte do fim desta era, e que passou a proibir o tráfico internacional de escravos.

Além da questão da escravidão, a sociedade brasileira passou por transformações significativas durante o Segundo Reinado, decorrentes do crescimento das cidades e o surgimento da classe média urbana.

A educação e cultura também floresceram durante esse período, contando com a criação de escolas, popularização da imprensa e outros.

Abolição da Escravidão

A abolição da escravidão durante o Segundo Reinado foi um tema amplamente debatido entre os políticos. O ponto de partida crucial para a abolição no Brasil foi a Lei Eusébio de Queirós. A partir daí começou, então, uma transição lenta e relativamente gradual, ao qual a elite econômica do país tentava adiar a abolição pelo maior tempo possível.

Durante esse período de transição, várias leis foram promulgadas, entre elas a Lei do Ventre Livre, que declarava livre todos os filhos de escravos nascidos a partir de 1871, e a Lei dos Sexagenários, que concedia liberdade aos escravos com mais de 60 anos.

A abolição da escravidão aconteceu em 13 de maio de 1888, quando a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea. Esse fato foi resultado de uma intensa mobilização popular e da resistência dos próprios escravos contra essa instituição.

Vale pontuar que, apesar de ser um marco importante, a abolição trouxe também grandes desafios para os ex-escravos libertados sem qualquer tipo de apoio ou compensação, o que dificultou sua integração na sociedade e os efeitos podem ser sentidos até hoje na sociedade brasileira.

Guerra do Paraguai

Outro fato significativo na história do Segundo Reinado foi a Guerra do Paraguai, ocorrida entre 1864 e 1870.

Nesse conflito, o Brasil, Argentina e Uruguai, unidos na Tríplice Aliança, enfrentaram o Paraguai, na época governado por Francisco Solano Lopes. Apesar do Brasil não ter saído vitorioso, as repercussões econômicas e políticas foram desfavoráveis para o país e a monarquia.

A guerra foi motivada por conflitos de interesses territoriais, econômicos e políticos entre os países da Bacia Platina, que eram Paraguai, Uruguai, Argentina e Brasil. Os combates começaram quando os paraguaios capturaram um navio brasileiro no final do ano de 1864 e terminaram em 1870 com a morte do ditador paraguaio na Batalha de Cerro Corá.

O conflito teve um impacto profundo no Brasil, tanto econômico quanto social. A guerra exigiu grandes esforços e sacrifícios, o que culminou na morte de milhares de brasileiros. Além disso, o conflito contra o Paraguai também aumentou o prestígio de Dom Pedro II.

Fim do Segundo Reinado

O fim do Segundo Reinado e a queda da monarquia no Brasil ocorreu devido ao desgaste da forma de governo com o qual Dom Pedro II conduzia, além da relação com os interesses da elite política e econômica.

O rompimento com três grupos importantes do país levou ao fim do Segundo Reinado: a igreja, o exército e a elite escravocrata.

Insatisfeitos com a monarquia desde o final da Guerra do Paraguai, os militares começaram a conspirar contra o governo. Em 15 de novembro de 1989, o marechal Deodoro da Fonseca, liderando as tropas do exército, dissolveu o Gabinete Ministerial, e, ao longo do mesmo dia, José do Patrocínio proclamou a República do Brasil.

O imperador, que sempre buscou evitar o confronto e a violência, aceitou pacificamente o exílio em Portugal, e, assim, terminou o Segundo Reinado e começou uma nova fase na história do Brasil.

Se você chegou até aqui, deve ter concluído que o Segundo Reinado foi um período de grandes transformações para o Brasil. Foi marcado por avanços econômicos, desafios sociais e importantes eventos políticos.

A estabilidade relativa sob Dom Pedro II permitiu que o país se desenvolvesse, e lançou bases para um Brasil moderno.

Esse período segue sendo estudado e debatido, dado a sua relevância social. Além disso, é um tema bastante abordado em alguns vestibulares para ingresso às universidades. Vale a pena incluí-lo no seu cronograma de estudos!

Texto escrito por: Prasaber
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