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20 dicas de gramática para escrever bem nos vestibulares

Gramática é um tema bastante complicado para os estudantes. Boa parte deles acha que ela não é necessária, uma vez que os vestibulares modernos costumam cobrar muito mais a interpretação de texto do que a chamada decoreba ou rodapé de livro. Entretanto, gramática não é só decoreba.

De fato, foi-se o tempo em que, para ser aprovado em um vestibular ou concurso público, era necessário saber exatamente as regras gramaticais por trás de frases enormes. Hoje, os vestibulares valorizam mais a sua capacidade de ler e escrever de maneira racional, respeitando a língua portuguesa.

Isso permite que a sua preparação seja muito mais baseada na prática, embora seja importante dominar alguns conceitos básicos, algumas dicas de português que podem garantir uma nota bem maior nas provas. Confira algumas dicas de gramática para escrever bem no vestibular e passe a usá-las também no seu dia a dia.

Dicas de gramática para escrever bem

Mas e mais

“Mas” é, na maioria das vezes, conjunção adversativa, podendo ser substituída por “porém”. “Mais”, no entanto, é advérbio de intensidade ou conjunção aditiva, ou seja, tem função de intensidade ou soma.

Por isso, o certo é dizer “tento, mas não consigo” ou “eu quero sempre mais”, evitando cometer erros que certamente farão você perder pontos na sua prova.

Meio e meia

No sentido de advérbio, “meio” tem sentido de “um pouco”, sendo vinculado a um adjetivo. Neste caso, ele não varia em gênero. Enquanto numeral, por sua vez, está vinculado a um substantivo, concordando com o gênero.

Assim, é correto dizer “meio distraído”, no primeiro exemplo, e “meia hora” no segundo.

Porque, por que, porquê e por quê

Essa é clássica. “Porque”, junto e sem acento, funciona como conjunção, ou seja, liga duas ideias. “Por que”, separado e sem acento, é uma pergunta ou advérbio interrogativo de causa.

“Porquê”, junto e com acento, é substantivo que substitui palavras como razão, motivo ou causa. “Por quê”, separado e com acento, precisa aparecer sempre ao final das frases.

Agente e a gente

A gente é locução referente a “nós”, que precisa ser conjugada em terceira pessoa do singular. “A gente vai até a escola” é um exemplo.

“Agente” é substantivo que diz respeito a uma profissão. Assim, dizer que “o agente está disfarçado” está correto.

Para mim e para eu

Cuidado. Nem sempre o “para mim” está errado. Como mim é pronome pessoal oblíquo tônico, ele aparece na função de objeto indireto, precedido por preposição.

Ficou difícil entender? Então pense na frase “pensei que esse dinheiro tivesse chegado para eu”. Fica estranho, não é? O certo é “pensei que esse dinheiro tivesse chegado para mim”.

O “para eu” é mais comum. “Eu” é pronome pessoal reto, que deve ser usado na função de sujeito. Assim, para fazer referência ao sujeito da frase, o certo é sempre usar o “eu”, como em “veja se tem algum erro para eu corrigir”.

Afim e a fim

Dúvida sobre a diferença entre “afim” e “a fim”? Essas são locuções que trazem ideia de finalidade, podendo ser trocadas por “para”, no caso de “afim”, e “para que”, no caso de “a fim”.

Dessa forma, você deve dizer que “treinador e dirigente têm pensamentos afins em relação ao time” e que “aquele jovem fez todo o esforço a fim de conseguir seu objetivo”. Para demonstrar que você está gostando de alguém, a expressão correta também é “a fim” (separado), já que emite a ideia de afinidade.

Faça redações

A melhor maneira de aprender algo é praticando. Uma das dicas de gramática para escrever bem é fazer redações, ou seja, procure fazer provas de anos anteriores, como a Fuvest e o Enem. Por se tratarem de avaliações que trazem textos, elas naturalmente forçam você a trabalhar também a leitura, o que será essencial para o aprendizado.

Dica de ouro: praticando a escrita, procure sempre averiguar se os verbos concordam com o substantivo, erro que é fácil os estudantes cometerem nas provas dos vestibulares ou concursos públicos – e você deve evitar!

Mal e mau

A dica aqui é ter atenção ao termo que representa o oposto de “mal” e “mau”. “Mal” é o contrário de “bem” e “mau” é o contrário de “bom”. Logo, o contrário de bom humor é mau humor e o contrário de mal-intencionado é bem-intencionado.

Através de e por meio de

Cuidado. “Através” só deve ser usado no sentido de atravessar. Do contrário, use sempre o “por meio de”. Isso tira pontos importantíssimos na sua redação, pois o uso indiscriminado de “através de” é de uso comum.

Dessa forma, fale sempre “que foi convocado por meio de mensagem eletrônica” e que “chegou à vila através da ponte”.

Crase

Não é difícil dominar o uso da crase, uma vez que ela é a junção de duas vogais idênticas. O problema é dominar a regência dos verbos, de modo que você tenha como saber quando as vogais idênticas vão aparecer.

Para simplificar, guarde que sempre que uma frase tem uma preposição “a” antes de alguma palavra que pela o artigo “a”, temos a crase. Quer uma dica? Para saber se há a crase, troque a palavra em questão por uma masculina e, caso o “a” seja alterado para “ao”, a crase deve existir.

Exemplo: Vou à celebração amanhã. Vou ao shopping amanhã.

Cuidado com a redundância

Não se diz “subir para cima”, pois não é possível subir para baixo. O mesmo vale para “entrar para dentro”. Esses erros são conhecidos como redundância e são muito comuns no cotidiano.

Em uma prova, eles podem eliminar você por conta da redundância. A dica então é procurar ser simples: concentre-se no significado das palavras para não errar e tirar boas notas.

Atenção ao zero

“Zero” é singular, sendo assim, o correto é dizer que é “zero hora” e não que “são zero horas”. Da mesma forma, o carro só pode ser “zero-quilômetro”.

Preste atenção à linguagem coloquial

Em uma redação, infelizmente, não podemos escrever como falamos. Muitas vezes as gírias e as frases até fazem sentido na língua falada, mas na escrita demonstram erros. Cuidado com coloquialismos também. Na língua escrita, não existe o “mineirês” ou o “carioquês”, existe o português formal e ele precisa ser respeitado.

O verbo intervir

Pense no verbo “vir”. “Ele veio, eles vieram”. Pensou? Agora, toda vez que for usar o verbo “intervir”, procure seguir a mesma lógica. Assim, “ele interveio, eles intervieram”.

Viu? Não é difícil quando você conhece os critérios.

Óculos está no plural

Nunca fale “no seu óculos” ou “aquele óculos”. Como a palavra está no plural, é sempre “nos seus óculos” ou “aqueles óculos”.

Uso do hífen

Com o novo acordo ortográfico, todos tivemos que nos adaptar às exigências. Entre as principais, está o uso do hífen. Assim, não se deve mais usar hífen em palavras que possuem prefixo terminado em vogal e antecedem palavras com consoantes “r” ou “s”.

Quando isso acontece, as consoantes devem ser dobradas. Da seguinte forma: “anti-social” se torna “antissocial”, “mini-saia” vira “minissaia” e “ultra-sonografia” se transforma em “ultrassonografia”, e assim por diante.

O verbo fazer

O verbo “fazer” precisa estar sempre no singular quando se refere a tempo. Assim, o certo é dizer que “faz dois anos que algo aconteceu” em vez de “fazem dois anos que algo aconteceu”.

Cuidado com esse erro. O problema aqui é que a pessoa associa o verbo ao número dois, ou seja, essa é uma pegadinha da língua portuguesa. Tome cuidado com isso ao realizar as provas dos vestibulares ou concursos.

Descriminar ou discriminar

“Descriminar” é sinônimo de “absolver”. Assim, é correto dizer que “o suspeito foi descriminado da acusação”. Já “discriminar” é “distinguir”, ou seja, dizer que “algo ou alguém foi discriminado, é dizer que ele foi diferenciado”. Perceba que nem sempre essa palavra carrega um tom negativo, sendo possível também dizer que um item ou uma mercadoria foi discriminada, por exemplo.

Verbo assistir

Este é um verbo que admite duas formas diferentes. Assim, “assistir” no sentido de “ver” tem preposição, enquanto no sentido de “ajudar” passa a ser transitivo direto. Nesse caso, pode-se dizer “o meia assistiu o atacante” e “ela me chamou para assistir ao filme”.

Acentuação

O novo acordo ortográfico também estabelece que os acentos diferenciais não devem ser usados em “para” (no sentido de verbo ou preposição), em “pela” (no sentido de verbo e na contração por + a), em “veem” (enquanto verbo) e em “deem” (como verbo).
Essas são apenas algumas dicas que podem ajudar você a conseguir sucesso na sua vida. Dominar a língua portuguesa não é algo interessante somente para o vestibular, mas também para as diversas situações da vida.

Além disso, um profissional que comete deslizes em sequência certamente perde sua credibilidade junto a colegas e clientes. Da mesma forma, sempre que você se candidatar a um cargo público, mesmo depois de formado, ainda terá que demonstrar capacidade de falar e escrever bem.

Sendo assim, fique atento a essas dicas e comece a praticar cada vez mais o hábito da leitura e da escrita. Isso certamente ajuda você a melhorar o seu trato com o idioma e, consequentemente, fazer com que o estudo da gramática se torne simplificado.

Gostou dessas dicas de gramática para escrever bem? Aproveite e conheça também os melhores podcasts para estudar.

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Texto escrito por: PRAVALER
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