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Saiba tudo sobre a Revolução Francesa Saiba tudo sobre a Revolução Francesa

Saiba tudo sobre a Revolução Francesa

Um dos eventos mais marcantes da história mundial, com ideais que ecoam até os dias de hoje, aconteceu na França, no final do século XVIII. Você certamente já deve ter ouvido falar da Revolução Francesa, acontecimento que ditou diferentes configurações políticas, sociais e econômicas desde então.

Neste artigo, você vai encontrar tudo sobre as causas, fases e consequências da Revolução Francesa.

Vamos lá? Boa leitura!

Como começou a Revolução Francesa?

Para entender a Revolução Francesa, é preciso voltar no tempo e analisar a França do século XVIII: um país agrário, cujo modelo econômico se estruturava em torno do modelo feudal.

No regime feudal, que caracterizava o sistema político, econômico e social do feudalismo, grandes extensões de terra, denominadas feudos, pertenciam aos senhores feudais. Estes senhores, por sua vez, aproveitavam-se da mão-de-obra servil para produzir e sustentar o modelo.

Em termos políticos, o poder da França se concentrava nas mãos do rei Luís XVI, numa monarquia absolutista. Este fator irritava setores produtivos, como a burguesia, e também membros da nobreza, que viam a necessidade de cessar esse poder.

Assim, de um lado, os interesses da burguesia apontavam para a necessidade de industrialização da França — com maximização dos lucros em transações internacionais, num sistema de liberalismo econômico. Por outro lado, estes burgueses também exigiam maiores direitos e participação política, pois eram a única classe que sustentavam o Estado monárquico.

Influenciados pelo movimento do iluminismo, os burgueses da França se tornaram cada vez mais críticos à organização em que clero e nobreza não pagavam impostos. O rei Luís XVI, por sua vez, necessitou convocar uma assembleia com os três estados que formavam a base francesa:

  • 1º estado: clero
  • 2º estado: nobreza
  • 3º estado: burgueses e o restante da população

Nas assembleias, o clero e a nobreza possuíam maior voz e poder de voto, enquanto o estado mais numeroso, os burgueses e o restante da população, não conseguia alavancar propostas em benefício próprio.

Queda da Bastilha

Com um sentimento de exclusão cada vez mais forte, os membros do terceiro estado francês organizaram um rompimento com os Estados Gerais e criaram uma Assembleia Nacional Constituinte.

Com isso, os burgueses mobilizaram a criação de uma milícia que garantisse o funcionamento da Assembleia, com grande mobilização popular na liderança por burgueses e camponeses. Tal movimento encorajou diferentes indivíduos que começaram a pegar em armas e atacar prédios do governo.

A Queda da Bastilha foi, então, um evento canônico em que uma antiga prisão, a Bastilha, foi tomada por essa milícia em 14 de julho de 1789. Os objetivos desse ataque eram acessar o estoque de pólvora armazenado na prisão.

De maneira simbólica, este evento também sinalizou a queda do regime e a difusão do sentimento revolucionário, dando início à Revolução Francesa. Além disso, deu-se início ao que se conhece por Idade Contemporânea.

Fases da Revolução Francesa

Com a tomada de poder por membros do terceiro estado, a Revolução Francesa se dividiu em diferentes fases.

Continue a leitura para saber tudo sobre as fases da Revolução Francesa.

Monarquia Constitucional

Esta fase durou entre os anos de 1789 e 1792, e se estabeleceu a partir da aprovação, em 26 de agosto de 1789, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão pela Assembleia.

A Declaração assegurava princípios que até hoje ecoam como marca da Revolução: “Liberté, égalité, fraternité”, ou “Liberdade, igualdade e fraternidade”. Além disso, instituiu o direito à propriedade.

O Rei Luís XVI, numa posição de grande pressão, recusou-se em apoiar esta Declaração, o que acirrou as revoltas populares e ocasionou o confisco de bens do clero por padres que fugiram do país.

A nova Constituição, entre outros pontos, abordava:

  • a mudança do regime de governo para monarquia constitucional
  • a instituição do poder legislativo, com o executivo cabendo ao rei
  • o mandato de dois anos para deputados
  • a instituição de votos censitários
  • a supressão de privilégios
  • a abolição da servidão
  • a manutenção da escravidão nas colônias
  • a nacionalização de todos os bens eclesiásticos

Convenção Nacional

A Convenção Nacional, ocorrida entre 1792 e 1795, aboliu a monarquia e implantou a República, com dois grupos proeminentes no novo parlamento:

  • Girondinos: o grupo da alta burguesia, que atuava na defesa das posições mais moderadas e da monarquia constitucional
  1. Jacobinos: o grupo da média e pequena burguesia, um partido radical com liderança de Robespierre, defensores de um governo popular

O rei Luís XVI, nesta fase, foi julgado e considerado culpado por traição. Assim, a sua sentença foi a condenação à morte por guilhotina, e ele foi executado em janeiro de 1793, bem como a rainha Maria Antonieta, que encontrou um destino similar pelas mãos da Revolução.

A República instituída foi controlada pelo Comitê da Salvação Pública, e as leis do período instituíram:

  • controle de preços
  • expropriação da nobreza e do clero
  • ensino público gratuito
  • novo calendário
  • abolição da escravidão nas colônias

Diretório

Nesta fase, que durou entre 1794 e 1799, a alta burguesia ascendeu e levou os girondinos ao poder, num Diretório formado por cinco diretores responsáveis por governar toda a França.

Numa divisão de classes, os girondinos revogaram todas as medidas dos jacobinos durante o seu período no poder, mas atraíam a resistência de grande parte da população com medidas impopulares, como o fim do congelamento dos preços.

Neste período, a França passava por constantes ameaças de invasão de nações próximas como a Inglaterra e o então Império Austríaco. Grupos internos, como a nobreza e a família real também buscavam retornar ao trono.

O Diretório recorreu, então, ao Exército francês, liderado pelo jovem general Napoleão Bonaparte. Ele deu um golpe de estado, conhecido como 18 brumário, e instaurou um consulado.

O que marcou o fim da Revolução Francesa?

A principal marca do fim da Revolução Francesa foi a tomada de poder por Napoleão Bonaparte, que instituiu uma nova era para a história francesa. Nesta nova era, apesar dos ideais da Revolução ainda ecoarem, o fortalecimento do exército deu início à Era Napoleônica.

Os principais objetivos de Napoleão no poder eram:

  • recuperar a ordem a estabilidade no país
  • proteger a riqueza da burguesia
  • salvar a burguesia das manifestações populares

No ano de 1803, deu-se início ao período das Guerras Napoleônicas, uma série de diferentes conflitos liderados por Napoleão com os ideais da Revolução Francesa.

Quantos anos durou a Revolução Francesa?

A Revolução Francesa perdurou por dez anos, entre 1789 e 1799, período de grandes e abruptas mudanças políticas, sociais e econômicas.

Neste período, toda a aristocracia até então instituída perdeu qualquer tipo de privilégio. Os camponeses se organizaram com o poder de classe dominante, rompendo laços com a nobreza e o clero, e, acima de tudo, derrubou-se o sistema econômico, político e social do feudalismo.

Após o fim da Revolução Francesa e da Era Napoleônica, pôde-se analisar finalmente os impactos desses períodos para o país e para o restante do mundo.

Quais são as consequências da Revolução Francesa?

Como fatos consequentes à Revolução Francesa estão diferentes mudanças que permanecem até os dias de hoje como marcos da humanidade, sendo referências para sistemas em todo o mundo.

Ora apontados como anarquistas, ora como heróis, os revolucionários franceses mexeram não só na configuração nacional, mas impactaram em todos os pontos do globo que insistiam em modelos frágeis e obsoletos de governança. Na política interna, as primeiras mudanças mexeram no sistema francês.

Os direitos sociais, antes restritos, foram universalizados, e ampliou-se a liberdade individual, fato que era renegado aos membros do terceiro estado que correspondiam a 95% da população francesa.

Com a conscientização popular, a maioria do povo tomou o poder e rejeitou os privilégios oriundos do feudalismo, além de derrubar um rei que não dialogava com as demandas das classes populares que sustentavam o sistema.

O absolutismo europeu, assim, foi ameaçado e começou a cair em nações próximas à França, com levantes e transições que espelhavam o período revolucionário francês.

O legado político e histórico francês foi o de consolidação dos poderes legislativo, executivo e judiciário, junto ao modelo econômico capitalista. Dessa forma, o poder foi descentralizado, e o modelo de produção poderia garantir um avanço simbólico frente ao esquema de servidão do feudalismo, mas que logo poderia ser apontado e entendido como uma continuação de um regime de exploração que perdura até os dias de hoje.

E aí, conseguiu entender tudo sobre a Revolução Francesa? Saiba que, como acontece em outros períodos históricos que são abordados nos estudos contemporâneos, diversos pontos de estudo ajudam a entender os antecedentes, causas e consequências, portanto, é necessário ampliar suas leituras com novos materiais de diferentes fontes e mídias.

Para entender um pouco mais sobre a Revolução Francesa, busque livros, artigos, vídeos, filmes históricos e documentários. Depois dessa fase exploratória dos conceitos, treine seus conhecimentos com questões do Enem e vestibulares, que abordam o tema na maioria das edições dos exames.

Mapa Mental sobre a Revolução Francesa

Um método de estudo muito interessante que pode te ajudar a memorizar os principais acontecimento da Revolução Francesa é o Mapa Mental. Confira a seguir um exemplo de Mapa Mental sobre a Revolução Francesa

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Obrigado pela leitura deste artigo. Nos vemos na próxima!

Texto escrito por: Prasaber
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