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Revolução Industrial: causas e principais acontecimentos

Boa parte dos adventos tecnológicos da atualidade não seria possível sem o processo de Revolução Industrial, um dos marcos civilizatórios mais importantes para a história da humanidade, com avanços e consequências importantes tanto para o ser humano quanto para natureza.

Dada a importância do assunto, a Revolução Industrial é hoje um dos mais importantes focos de estudo de diversas ciências do conhecimento, desde a História até a Química, e por isso aparece num contexto multidisciplinar em provas de vestibular e no Enem.

O que causou a Revolução Industrial? Nós vamos te responder neste artigo! Além disso, você vai conhecer os principais acontecimentos deste período histórico, e as informações mais relevantes sobre os efeitos da mudança na forma de produção no mundo do passado, presente e futuro.

Vamos lá?

O que foi a Revolução Industrial?

A Revolução Industrial foi um período de grandes transformações para a civilização, e teve início na Inglaterra, no século XVIII.

O marco inicial deste período foi a transição progressiva, e substituição quase completa do modo de produção da época. Artesãos, que trabalhavam com a manufatura, tiveram boa parte de seu trabalho substituído pelo maquinário mecanizado.

Com o uso de maquinários, a burguesia industrial pôde aumentar o volume de produções e o próprio lucro, o que ocasionou o surgimento de trabalhadores precarizados formando uma nova classe social, chamada de proletariado.

Causas da Revolução Industrial

Entre os séculos XVI e XVII, a concentração de renda nas mãos da burguesia europeia fez com que fosse possível investir em indústrias, técnicas aperfeiçoadas e na produtividade. A Inglaterra, que saiu na frente, despontou como uma grande potência mundial no mercado de produtos.

As causas principais para o destaque da Inglaterra neste processo foram:

  • Ascensão política da burguesia inglesa;
  • Acúmulo de riquezas por meio da escravidão;
  • A lei dos cercamentos, expulsando camponeses de suas terras para uma migração forçada aos centros urbanos;
  • Grandes reservas naturais de minério de ferro e carvão.

Os historiadores dividem o período em fases. Vamos conhecer cada uma delas.

Primeira Revolução Industrial

A primeira fase da Revolução Industrial é a que começou no século XVIII na Inglaterra. Máquinas foram inventadas e ganharam espaço, revolucionando os meios de produção até o momento.

Como característica desta fase da Revolução Industrial, está o uso de minérios como o carvão e o ferro para que pudesse ocorrer o transporte, no uso de locomotivas, ou navios movidos a vapor, de mercadorias produzidas em solo inglês.

Além disso, os recursos minerais eram utilizados para a alimentação de grandes maquinários utilizados nas produções. Um grande destaque nesta primeira fase foi a indústria têxtil, com a invenção do tear mecânico e posteriormente da máquina de tear.

Os trabalhadores, antes próximos e conscientes de todas as etapas da produção, foi distanciado do produto final. Ou seja, um grupo de trabalhadores fazia uma só etapa de produção de maneira repetitiva e danosa, fato que ocasionou doenças e acidentes de trabalho, sem qualquer direito trabalhista nas jornadas de trabalho extensas.

Segunda Revolução Industrial

A Segunda Revolução Industrial foi uma transição de fase que acompanhou avanços tecnológicos em curso na Inglaterra, ocorrida após a difusão do uso de máquinas para países como a Alemanha, França, Rússia e Itália.

Duas diferenças principais afastam as fases da Revolução Industrial:

  1. Abundância de produtos, em que a sociedade poderia dispor de mais opções no mercado e do barateamento de custos;
  2. Novas fontes de energia, em que combustíveis como o petróleo e o advento de usinas hidrelétricas mudaram a alimentação das máquinas.

Os marcos desta fase incluem o uso de trabalhadores especializados em linhas de montagem dinâmicas. Sendo assim, as linhas de produção revolucionaram o cenário socioeconômico, exigindo menos trabalhadores em pontos específicos da demanda, mas mais especializados.

Termos como Fordismo, em alusão às indústrias Ford, demonstram como foi o advento das linhas de montagem semiautomáticas, com o subsequente desenvolvimento da indústria química, metalúrgica e automobilística.

Terceira Revolução Industrial

A última e atual fase da Revolução Industrial foi demarcada a partir da década de 1950, pelas mudanças importantes que o mundo experimentou no século XX.

Nesse período, o mundo atravessava diversas mudanças tecnológicas, aliando a produção de conhecimento científico e a industrial. Novas máquinas foram criadas, com mudanças significativas tanto na economia mundial, quanto nos meios de produção até então estabelecidos.

Essa fase é conhecida como Revolução Informacional, graças à criação de tevês, satélites, robôs, computadores, entre outros. Vê-se também o uso da robótica e da energia nuclear como marcos importantes para delimitar o período.

São características dessa fase:

  • Processo produtivo otimizado e sob demanda;
  • Crescimento do capitalismo;
  • Expansão de empresas multi e transnacionais;
  • Criação de estudos na área da robótica e genética;
  • Utilização de fontes de energia renováveis.

O Toyotismo, em oposição ao Fordismo, é um movimento próprio desta fase, em que se busca a produtividade mais eficiente, sem o desperdício de recursos, com enfoque na demanda existente de produtos.

O ser humano, em todas essas fases, foi reduzido a um complemento das máquinas, com menor concentração de empregos em indústrias.

Quais são as principais características da Revolução Industrial?

Os impactos do processo da Revolução Industrial mudaram as configurações sociais, geográficas e econômicas. As transformações do período tiveram um severo impacto nas formas de vida do ser humano e no estabelecimento dos grandes centros urbanos que hoje conhecemos.

Vamos conhecer um pouco mais dessas transformações.

Êxodo rural

O êxodo rural foi um processo muito complexo, com grandes consequências para as configurações populacionais do mundo nos séculos XVIII, XIX e XX.

As populações que eram, em níveis esmagadores, rurais, foram deslocadas para os ambientes urbanos. Algumas vezes a peso de lei, como no caso da Lei dos Cercamentos, e outras pela necessidade de emprego nas indústrias que obrigou esses grupos populacionais a se mobilizarem.

Com o estabelecimento irregular e desorganizado, os fluxos migratórios grandes de populações fez com que as cidades se desenhassem de maneira descontrolada, com arquiteturas diversas. Isso implica em outras questões, como fornecimento de serviços básicos e saúde.

Em linhas gerais, o êxodo rural foi a movimentação que resultou em hoje termos a maior parte da população fora dos interiores e das zonas rurais, e concentrada em grandes centros urbanos.

Produção Industrial

Para atender às demandas internas e externas do êxodo rural, criou-se o conceito de produção industrial, em que quantidades antes inimagináveis de produtos foi produzida em um curto espaço de tempo.

Para que isso ocorresse, foram criadas padronizações que ditaram a produção na Revolução Industrial, com cópias quase exatas dos produtos criados. Acabava, assim, mais uma das características da manufatura.

Impactos ambientais

Um dos mais tristes impactos da Revolução Industrial é o ambiental, visto que a queima de carvão libera gases do efeito estufa na atmosfera terrestre, como o dióxido de carbono (CO2). Essa liberação, que se intensificou e se descontrolou desde o século XVIII, favorece o aumento artificial da temperatura do planeta.

Hoje em dia, diversas medidas tentam combater os efeitos do aquecimento global, e fala-se em zerar ou neutralizar todas as emissões de carbono até 2050, data limite para evitar o aquecimento da Terra em 1,5ºC.

As tentativas de reduzir os impactos ambientais esbarram na economia, hoje fortemente dependente da produção industrial e da queima de combustíveis fósseis.

O que a Revolução Industrial mudou na vida dos trabalhadores?

Além das questões rurais, a Revolução Industrial trouxe fortes impactos para a condição do trabalhador da sociedade, incluindo as jornadas extensivas de trabalho e a precarização da atividade humana.

Alguns movimentos ajudam a explicar as reações dos trabalhadores às condições de expropriação das forças de trabalho em todo o mundo a partir do século XVIII.

Ludismo

O ludismo foi um dos movimentos de reação às imposições da Revolução Industrial na Inglaterra. Motivados por Ned Ludd, os ludistas resistiam aos avanços tecnológicos em curso, pois os maquinários ameaçavam profissões como a de fiação e tecelagem. Os trabalhadores encontravam nas máquinas a causa de seus problemas recém-criados no processo de revolução.

Sendo assim, ludistas se notabilizaram por práticas como a destruição de máquinas para protestar, e a interrupção dos serviços para gerar prejuízos financeiros.

Cartismo

O cartismo, um movimento complementar ao ludismo, surgiu com a percepção de que os culpados pelas condições precárias advindas da Revolução Industrial não eram as máquinas, e sim os donos de fábrica.

Dessa maneira, o movimento cartista reivindicava direitos ao povo trabalhador, como voto secreto, diminuição da jornada de trabalho e distribuição de riquezas. Os líderes do movimento foram influenciados diretamente por teorias em voga na época, como o socialismo e a revolução do proletariado.

Agora que te apresentamos as principais informações sobre a Revolução Industrial, esperamos que você complemente seus estudos buscando novas fontes de conhecimento, como livros e materiais aprofundados. Existe uma produção bastante extensa sobre o tema, vale a pena explorar e descobrir toda a gama de materiais disponíveis.

Recomendamos, também, que você embarque em toda a produção cultural que ajuda a explicar os impactos da Revolução Industrial no mundo de ontem e hoje, disponível em músicas, séries e filmes. 

Quer estudar mais sobre esses assuntos? Aproveite e veja nosso plano de estudos de história!

Obrigado pela leitura, e até a próxima!

Texto escrito por: PRASABER
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