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Plano de estudos de Sociologia: estude para Enem e vestibulares Plano de estudos de Sociologia: estude para Enem e vestibulares

Plano de estudos de Sociologia: estude para Enem e vestibulares

Você já deve ter percebido que os assuntos de Sociologia são de grande importância para compreender as relações presentes na sociedade, certo? Por isso, essa temática é explorada nas provas do Enem e nos vestibulares, e é essencial que os alunos conheçam esses conteúdos.

Pensando nisso, vamos te apresentar um resumo contendo os assuntos principais de Sociologia que mais aparecem nos exames de ingresso ao ensino superior. Queremos te ajudar a organizar seus estudos para mandar bem nas provas! Não esqueça de realizar testes e simulados para fixar os seus conhecimentos de Sociologia.

Vamos conhecer os principais assuntos? Bons estudos!

Quais as matérias de Sociologia caem no Enem e vestibulares?

O Exame Nacional do Ensino Médio oferece vagas em instituições de todo o país, e é considerado a principal forma de ingresso ao ensino superior. Além de se preparar para os estudos em Sociologia, vale a pena conferir o guia completo do Enem para entender a estrutura da prova, com informações úteis como duração e áreas de ingresso.

Os temas de Sociologia também aparecem com frequência nas provas de vestibular, uma outra opção para quem deseja cursar o ensino superior. Essas provas são realizadas em diversas universidades pelo país, mas possuem similaridades que podem ajudar na hora de se preparar.

Algumas temáticas em Sociologia são comuns tanto ao Enem quanto às provas de vestibular. Vamos acompanhar agora quais são elas:

Movimentos sociais

Com certeza você já observou que alguns grupos de pessoas se reúnem e atuam em conjunto para promover mudanças na sociedade. Hoje em dia, com as redes sociais, a identificação e união desses grupos se tornou facilitada.

Os movimentos sociais são associações de indivíduos que possuem causas sociais e políticas. São formas da população de se movimentar, transformar e mudar, com a intenção de lutar em prol de causas coletivas. Geralmente, esses movimentos surgem quando os grupos percebem que estão com menos direitos que outros membros da sociedade, e reivindicam principalmente a igualdade.

Alguns movimentos se destacam na atualidade, e você vai conhecer agora alguns dos que mais aparecem nas provas de ingresso ao ensino superior.

Movimento dos direitos civis

O movimento dos direitos civis representa um conjunto de lutas que marcaram a história mundial a partir da situação das pessoas negras dos Estados Unidos.

A escravidão nos Estados Unidos foi abolida oficialmente em 1865, após o fim da Guerra Civil Americana, também chamada de Guerra de Secessão, que tinha se iniciado em 1861. Os lados norte e sul do país formaram polos opostos nessa questão, com o sul defendendo a manutenção da escravidão. Mesmo após derrotados, os sulistas continuaram rejeitando a igualdade de direitos da população negra.

Nessa época, era comum a prática da segregaração entre brancos e negros, limitando o trânsito de pessoas negras, a permanência em locais com brancos e mesmo impedindo o casamento entre brancos e negros. Com o fim da guerra, grupos se radicalizaram na defesa de políticas racistas, como a sociedade secreta Ku Klux Klan.

Como a independência dos estados no quesito de leis permitia que algumas regiões possuíssem autonomia, foram elaboradas leis que oficializavam a segregação racial no sul dos estados unidos a partir da década de 1870, que limitavam:

  • A presença de negros em espaços ocupados por brancos como escolas, ônibus, trens, hospitais, hotéis, restaurantes e teatros;
  • Casamento entre brancos e negros;
  • Miscigenação entre brancos e negros.

Foi determinado que os estabelecimentos e transportes demarcassem áreas específicas para as pessoas negras. Tais medidas segregativas tiveram reações que uniram grupos em prol dos direitos civis, além da criação da Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor em 1909.

Apesar da organização dos movimentos dos direitos civis, mudanças significativas só ocorreram quando Rosa Parks, em 1955, se recusou a levantar de seu assento num ônibus no Alabama para cedê-lo a um passageiro branco. Uma das leis vigentes determinava que pessoas negras cedessem seus lugares em caso de lotação, mesmo quando sentadas no lado determinado para pessoas negras no ônibus.

A prisão de Rosa Parks ocasionou a união com o pastor Martin Luther King, um dos líderes do movimento dos direitos civis. Juntos, organizaram um grande boicote ao sistema de ônibus com ampla participação social. Em 1956, a Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu que a segregação racial em transportes públicos era inconstitucional.

Em 1964, após grandes movimentos liderados por Luther King, foi aprovada a Lei dos Direitos Civis, encerrando todas as leis de segregação racial no país, e determinando que as pessoas negras pudessem ocupar os mesmos espaços que a população branca.

Outros movimentos importantes surgiram na década de 60, como a Organização da Unidade Afro-Americana fundada por Malcom X e o Partido dos Panteras Negras, fundado por Huey Newton e Bobby Seale, que pregavam o combate a violência e ao racismo fundamentado no anticapitalismo.

Ainda hoje, movimentos surgem para reivindicar o fim do racismo e de todas as opressões que afetam a população negra. É o caso do movimento Black Lives Matter, que advoga principalmente sobre as vidas perdidas de pessoas negras os últimos anos, e teve papel fundamental nas grandes manifestações ocorridas nos Estados Unidos após o assassinato de George Floyd em 2020.

Movimento feminista

O empoderamento feminino é uma das bases do movimento feminista, organização surgida no século XIX e que hoje se tornou uma corrente política, social e filosófica, propondo direitos iguais entre as mulheres bem como a derrubada do patriarcado.

Desde o início da civilização até o século XIX, encarou-se a mulher num patamar inferior ao do homem. Não era comum que mulheres tivessem acesso a direitos básicos, como a leitura e escrita, além de ser negado o direito à participação política. Segundo o desenho social do patriarcado daquele tempo, o papel da mulher se limitava às atividades domésticas.

Os direitos das mulheres eram atacados desde cedo, pela criação voltada para as tarefas domésticas acompanhada da falta de liberdade para viver uma vida independente, expressar pensamentos ou reivindicar mudanças. Em 1791, a feminista francesa Olímpia de Gongues proclamou a “Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã”, que tratava dos direitos da mulher, dizendo-os iguais aos dos homens, tornando-as capazes de participar das decisões políticas gerais.

No dia 3 de novembro de 1793, Olímpia de Gongues foi executada na França, fato que reuniu muitos grupos ao redor do mundo e ocasionou o surgimento do que viria a ser conhecido como movimento feminista, principalmente no contexto da industrialização, em que mulheres também eram obrigadas a trabalhar em fábricas, mas com condições ainda piores que as dos homens.

No fim do século XIX, surgiu o primeiro movimento feminista que reivindicava pelo menos oito direitos, ainda atuais:

  1. Direito ao voto;
  2. Direito a uma vida fora do lar;
  3. Direito a participação ativa na política e economia;
  4. Direito à educação;
  5. Direito ao contrato;
  6. Direito à moradia;
  7. Direito ao divórcio;
  8. Direito à igualdade salarial.

No século XX, Simone de Beauvoir despontou como uma das principais representantes desse movimento, com a célebre frase publicada no livro “O Segundo Sexo” de 1949: “Ninguém nasce mulher, torna-se mulher”. As reivindicações desses movimentos representaram a conquista de direitos básicos fundamentais.

No Brasil, as ações feministas ganharam força no final dos anos 70, com a luta contra a Ditadura Militar, mas já era gestado desde a fundação da primeira escola para meninas no Rio Grande do Sul, por Nísia Floresta Augusta.

Atualmente, as lutas feministas brasileiras conseguiram alcançar grandes conquistas, como a sanção da Lei Maria da Penha em 2006, contra a violência feminina, além de expandir seus horizontes e as reivindicações quanto aos direitos individuais das mulheres. Ainda assim, existem mulheres que não apoiam esses movimentos e se posicionam contra todas essas reivindicações.

Todo o conjunto de lutas favoreceu a presença de mulheres no mercado de trabalho, com ampliação das opções de carreira. Os direitos das trabalhadoras são foco de constantes debates, considerando a necessidade de mais mulheres em cargos de liderança e a ocupação de vagas nas mais distintas áreas.

Movimento ambientalista

A luta coletiva em prol do ambientalismo mobiliza a busca por formas sustentáveis de desenvolvimento que protejam o meio ambiente. Muitos dos problemas ambientais são causados pela ação humana, portanto, termos como economia verde e sustentabilidade são pontos centrais do movimento ambientalista.

Os primeiros movimentos ambientalistas surgiram no século XIX, com estudos científicos acerca de novos planos de manejo e conservação de florestas. Já havia, ainda que em pouca escala, a preocupação com os impactos da industrialização.

Os diferentes grupos de ambientalistas lutam em prol de questões gerais, que envolvem as nações ou um local específico. Geralmente são formados em organizações não-governamentais, as ONGs, e por grupos políticos institucionais. Algumas das lutas atuais envolvem o combate ao efeito estufa, limitando a emissão de gases do efeito estufa na queima de combustíveis fósseis, e as formas de poluição dos oceanos.

A força dos movimentos ambientalistas é tão grande que impacta governos de diversos países do mundo. Encontros diplomáticos como a Conferência de Toronto e o Protocolo de Kyoto visam promover a proteção de áreas naturais. Recentemente, o Acordo de Paris estabeleceu metas para um futuro de uso mais consciente dos recursos naturais.

No Brasil, destaca-se a ação de organizações voltadas para a proteção da Amazônia, uma das maiores extensões florestais do mundo. Alguns países, que aderiram ao Fundo Amazônia criado nas últimas décadas, contribuem com recursos para que o governo brasileiro combata o desmatamento e preserve a floresta.

Educação

A educação é um processo social de ensino e aprendizagem. Nessa área, são exploradas as relações estruturais da sociedade e o papel da escola na vida dos indivíduos. Não podemos deixar de considerar que escola, ser humano e sociedade estão conectados.

Quando falamos em sociologia da educação, estamos nos referindo a estudos sobre os contextos educacionais. A partir desses estudos, foi traçado um entendimento amplo sobre as características da educação, que contribuiu para a construção de conhecimentos sobre o papel social da escola e as finalidades da educação.

Vamos conhecer agora dois assuntos fundamentais dentro desse campo.

Educação inclusiva

As políticas de inclusão na educação correspondem ao resultado de lutas em prol de um ensino democrático, diverso e inclusivo, que atinge todos os alunos. A educação inclusiva prega, dessa maneira, a escola como um espaço de integração entre o ensino regular e o ensino especial.

O formato de educação inclusiva tem por objetivo o acolhimento de todos os alunos, fornecendo suportes personalizados para superar os obstáculos de aprendizagem que são colocados aos indivíduos portadores de necessidades especiais.

Para que a cultura do ensino e da escola seja transformada, é importante que toda a gestão escolar seja reavaliada, bem como o conteúdo das políticas públicas, o treinamento dos professores, as conexões entre o ambiente escolar e as comunidades externas e a valorização dos profissionais que estão envolvidos com a educação.

É comum que se confunda a educação especial com a educação inclusiva. A diferença entre os modelos reside no fato de a primeira ser voltada para o desenvolvimento de habilidades educacionais das pessoas com deficiência, enquanto a segunda se refere ao processo de escolarização de todas as pessoas, com mais convívio e atenção às necessidades de todos os alunos.

Em 2008, o Ministério da Educação (MEC) revisou a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (PNEEPEI), proposta que foi alterada desde então, gerando comoção e debates públicos. Os defensores da educação inclusiva criticam as abordagens que estimulam a separação entre os ensino.

Com o avanço da tecnologia e das propostas interdisciplinares, espera-se que as propostas de educação inclusiva consigam avançar e transformar o panorama educacional, estimulando a melhor formação de professores, a integração entre escola e comunidades externas e a promoção de um ambiente melhor de aprendizagem para todos os alunos que tenham ou venham a apresentar necessidades especiais de aprendizagem.

Educação de Jovens e Adultos

Quando se pensa no panorama da educação brasileira, devemos considerar que as condições desiguais promovem diferenças entre as oportunidades da população. Muitos indivíduos não conseguem concluir o ensino básico nos anos de escolarização, mas podem precisar retomar os estudos para conquistar melhores posições no mercado de trabalho.

Uma das modalidades criadas pelo governo federal para atender essa parcela da população é a da Educação de Jovens e Adultos (EJA).Ela cobre todos os níveis da Educação Básica e é indicada para jovens, adultos e idosos que abandonaram os estudos ou não conseguiram estudar na idade apropriada.

O EJA funciona em duas etapas:

  • EJA Ensino Fundamental: voltada para jovens a partir de 15 anos que não conseguiram concluir o ensino fundamental, entre os 1º e 9º anos. O tempo médio de conclusão é de dois anos.
  • EJA Ensino Médio: voltada para alunos maiores de 18 anos que desejam retomar os estudos. É indicado para preparar os alunos para o Enem e vestibulares, e também possui tempo médio de dois anos para a conclusão.

Uma outra opção apresentada é a do estudante concluir o EJA a distância, pelo computador. Essa modalidade é organizada pelas Secretarias de Educação, com a obrigatoriedade de atividades presenciais.

Ainda que o EJA seja um programa inclusivo, uma solução adotada para atender aos estudantes que não poderiam frequentar cursos regulares foi a criação do Exame Nacional Para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), uma prova de certificação para o ensino fundamental e médio.

Os requisitos para se conquistar um diploma via Encceja são o de realizar um exame com 60 questões objetivas e redação. A pontuação no exame para a etapa objetiva varia de 0 a 200, e o candidato deve marcar ao menos 100 pontos para a aprovação, enquanto a redação é avaliada entre 0 a 10 pontos, com 5 como a nota mínima para a aprovação.

Teoria Clássica da Sociologia

As teorias clássicas da sociologia foram desenvolvidas de acordo com os problemas cotidianos do homem na sociedade. São conjuntos de conhecimentos científicos sobre a realidade social, em confronto com a realidade. Alguns estudiosos apresentaram conhecimentos essenciais para o desenvolvimento da sociologia, como Marx, Durkheim e Weber, que vamos apresentar mais a fundo:

Karl Marx

A concepção de classe social e de sociedade de classes surgiu a partir dos estudos do filósofo e sociólogo alemão Karl Marx, que separou a sociedade em duas classes: burguesia e proletariado.

Marx propôs a existência de uma hierarquia entre os grupos sociais, decorrente do capitalismo e da divisão social do trabalho. Segundo os estudos, o conceito de classe social representa também o conflito dos grupos, donos do meio de produção e trabalhadores, sendo a base do sistema capitalista a exploração da mão de obra.

Os conflitos entre as classes, motivados pela apropriação da força de trabalho pela burguesia para atingir grandes lucros, limita a possibilidade de ascensão social. Sendo assim, para Marx, parte do proletariado é estimulado a reagir.

O livro “Manifesto do Partido Comunista” foi escrito junto a Friederich Engels, com ideias para a retirada dos meios de produção da burguesia, que controla o capital. Para esses autores, o Estado deveria distribuir a renda de maneira igualitária, numa sociedade sem padrões.

O conceito de classe social é utilizado até hoje para parâmetros de renda. No Brasil, geralmente se dividem as classes em letras, que se encaixam dentro das concepções de classe alta, classe média e classe baixa.

Émile Durkheim

O sociólogo, antropólogo e cientista político francês Émile Durkheim desenvolveu o conceito de fato social, que diz respeito aos modos de ação e interação dos indivíduos de um grupo social ou da sociedade. Para Durkheim, os fatos sociais moldam maneiras de agir, pensar e sentir.

Os fatos sociais são exteriores aos sujeitos e afetam toda a sociedade, visto que cada indivíduo nasce numa sociedade com regras, normas, hábitos e padrões definidos, o que também os torna coercitivos, atuando como uma força que obriga os indivíduos a cumprirem os termos estabelecidos.

Para que fatos sociais preparem a sociedade e moldem as formas de agir, há a necessidade de mecanismos de organização, que são chamados de instituições sociais. Essas organizações orientam pessoas sobre as regras sociais desde o nascimento.

Algumas instituições sociais conhecidas são a família, a escola, o governo e a religião, que trabalham pela manutenção da ordem social em vigor. Sendo assim, a educação é considerada um fenômeno sociológico, preparando os indivíduos para reproduzir as relações sociais.

Max Weber

Max Weber, sociólogo alemão, contribuiu para a sociologia com os conceitos de sociedade e ação social, que se refere aos tipos de condutas dos indivíduos que refletem em sua própria experiência e na experiência das outras pessoas.

Atos comuns do dia a dia são ações sociais, como o fato de enviar uma mensagem para alguém. Quem escreve, espera que a mensagem seja lida, e esse ato tem significado pois envolve outra pessoa e todo um sistema de significados compreendidos pelas partes da sociedade.

Para conseguir analisar realidades infinitas, Weber propôs a criação de tipos ideais, modelos que direcionam as observações, análises e pesquisas. Os tipos ideais não são necessariamente reais, mas ajudam na conceituação e avaliação das ações sociais, que são divididas em racionais e irracionais.

  • Ações racionais: são feitas pelos sujeitos que controlam os próprios atos e buscam a melhor forma de realizá-las.
  • Ações irracionais: são feitas com base em sentimentos, motivados pela emoção ou impulsos. Podem ser pautadas por hábitos sociais ou emoções.

Compreende-se que as ações sociais são elos de comunicação entre as pessoas, pois são dotadas de sentido e objetivos. Elas se diferenciam de relações sociais, que representam redes e formas de interação diferentes. Os estudos de Weber foram fundamentais para o estabelecimento da Sociologia Moderna, com peso científico que possibilitaram que esses estudos penetrassem o campo da filosofia, direito e ciência política.

Como treinar os conhecimentos em Sociologia?

Agora que você já conheceu os principais assuntos que caem na prova de Sociologia e conseguiu montar um plano de estudos, faça buscas sobre os conteúdos abordados para se aprofundar em cada um. Assim, você vai chegar no dia da prova preparado para as questões e para tirar aquele notão!

Aproveite também para realizar nosso  e simulado do Enem em Ciências Humanas e testar seus conhecimentos em Sociologia. Até a próxima!

Texto escrito por: PRASABER
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