Taylorismo: Tudo sobre esse método de produção industrial
Com a chegada da Revolução Industrial no século XIX e devido às suas consequências para a produção de itens, foi necessário implementar métodos de organização para as fábricas e para as indústrias a fim de otimizar cada processo, do início ao fim da esteira.
Foi por volta deste contexto industrial em que surgiu o método chamado de Taylorismo, o qual leva o nome do seu criador por ter sido quem observou possíveis falhas no sistema de produção da época, e aplicou melhorias.
Se você está estudando sobre o Taylorismo na escola e quer saber sobre qual eram as principais características desse método, quais são os pontos positivos do Taylorismo e outras diversas informações, se acomode e fique com a gente neste conteúdo para aprender ainda mais sobre o tema.
Neste artigo você vai encontrar:
O que é o Taylorismo?
Igualmente conhecido como Administração Científica, o Taylorismo é um método de organização da esteira de produção de fábricas e de indústrias que contam com centenas de funcionários produzindo um determinado item, seja um carro, uma máquina ou objetos menores que requerem montagem, por exemplo.
As principais características deste modelo de produção estão relacionadas com o seu criador ter identificado que havia uma grande perda de tempo entre uma etapa e outra da fila de produção por falta de capacidade produtiva dos funcionários, sendo vezes em que alguns deles não tinham conhecimento ou habilidade para fazer o que era preciso e impactando com lentidão em todo o processo.
Para minimizar esses efeitos e otimizar o fluxo como um todo, o pai do Taylorismo redesenhou os modelos de trabalho com o intuito de ter um melhor aproveitamento das capacidades de cada operador. Ou seja, buscou realocar os funcionários em etapas nas quais dominavam o que precisava ser feito e entregue.
A fim de alcançar esse objetivo, o Taylorismo oferecia treinamentos e melhores condições de trabalho para estimular o proletário que fazia parte deste gerenciamento fabril. Na época, este modelo de trabalho surgiu como um jeito de estimular os funcionários a entregarem mais, com qualidade e em menos tempo.
Além disso, fazia parte do Taylorismo atuar com a reorganização dos trabalhadores de forma que aqueles que tivessem determinada habilidade ficassem frente à etapa de produção que dominasse para que as tarefas fossem propriamente planejadas, além de outros benefícios.
Quem é considerado o pai do Taylorismo?
“Taylorismo” tem como origem o nome do fundador e idealizador deste método de organização produtiva. O famoso pai do Taylorismo foi o engenheiro norte-americano Frederick W. Taylor (1856-1915). Ele nasceu no estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos, em março de 1856, e faleceu em 1915.
Para que pudesse criar e desenvolver o Taylorismo, o engenheiro chegou a trabalhar como operário em fábricas dos Estados Unidos, além de ter exercido a atuação da sua formação como engenheiro mecânico. Foi por ter participado de processos em fábricas estadunidenses que ele observou as falhas existentes na administração fabril.
Taylor também é considerado como um dos fundadores da Administração Científica, e produziu importantes obras sobre o sistema de produção, os quais serviram como base para diversos outros profissionais da área que seguiram os seus passos.
Quando surgiu o Taylorismo?
O surgimento do Taylorismo ocorreu em um contexto histórico pautado pela Segunda Revolução Industrial, no século XIX, mais precisamente por volta de 1911. O capitalismo, a burguesia e a intensa comercialização de mercadorias estavam em alta, sendo um dos cenários que necessitava de uma intensa produção nas fábricas.
Para que alcançasse o máximo da escala de produção e atingisse o número determinado de itens a serem produzidos, se tornou praticamente obrigatório aumentar a capacidade produtiva dos proletários que trabalhavam nas esteiras de produção. Isso porque os donos das fábricas e as classes burguesas requeriam um lucro ainda maior, custe o que custasse.
Por causa deste cenário, como citamos acima, Taylor identificou as possíveis mudanças que poderiam ser aplicadas para otimizar cada processo e atuou com os princípios que ele criou para a Administração Científica.
Quais os pilares do Taylorismo?
Entre o que serve como base para o Taylorismo estão os pilares que iremos descrever abaixo. Eles estão diretamente relacionados com a racionalização das atividades e organização dos processos de trabalho, tendo o auxílio de métodos científicos. Além disso, fazem parte da obra de Taylor, “Princípios da administração científica” (1911).
Com o intuito de alcançar um alto nível de eficiência, Taylor indicou nesta sua clássica obra quais são os principais pilares que devem ser postos em prática como direcionamentos para o modelo de trabalho otimizado. São eles: planejamento e preparo, controle e execução.
Preparo
Antes de seguir com a execução das mudanças propostas por Taylor, era necessário atuar com o planejamento e com a preparação dos operários. Isto é, neste princípio da Administração Científica, o engenheiro mecânico norte-americano indicava que a organização começava com a aplicação de métodos científicos como planejamento e com a seleção de trabalhadores de acordo com as suas competências.
Dessa forma, antes mesmo da implementação do Taylorismo em uma fábrica ou uma indústria, independentemente de seu setor, o processo já se iniciava mais organizado e com operários mais relacionados com o que realmente sabiam fazer dentro de todo o processo de produção.
Além disso, este princípio também indica o aperfeiçoamento dos funcionários com treinamentos e o desenvolvimento de suas capacidades práticas a fim de torná-lo ainda mais rápido em seu papel.
Controle
No princípio de controle do método de organização Taylorismo, o fundador prega que os gestores da fábrica ou indústria em questão devem gerenciar e controlar tanto o trabalho que os operários realizam quanto o tempo que levam em cada tarefa, de modo que seja possível observar se ainda há lentidão no processo.
Isso porque o Taylorismo surgiu justamente com o objetivo de diminuir, ou até mesmo acabar, com a ociosidade e desperdício de tempo em uma fila de produção. Assim, se os gestores estão identificando que esses problemas se mantêm, é preciso fazer melhorias, novamente.
Execução
Para concluir este tópico, o princípio da execução do Taylorismo está relacionado com a prática em si das tarefas remanejadas pelos gestores. Ou seja, após o planejamento, o preparo e o controle, chega o momento de efetivamente fazer a distribuição de papéis e funções para os operários de acordo com as suas habilidades, e de modo organizado.
Este é um ponto crucial em todo o sistema taylorista por ser quando passa a ser verdadeiramente visível identificar se os operários estão executando tudo corretamente e dentro do esperado, assim como se estão agregando melhorias e mais retornos em lucro para os donos das fábricas e das indústrias.
Qual é a principal diferença entre o Taylorismo e o Fordismo?
No sistema de gerenciamento fabril há outro modelo de trabalho denominado de Fordismo e que é tão popular quanto o Taylorismo. Fundado por Henry Ford (1863-1947), se refere a um método que apresenta algumas diferenças ao seu antecessor, a Administração Científica de Taylor.
Por se tratar de uma dúvida muito comum entre os estudantes de vestibulares, iremos destacar quais são as principais diferenças entre o Taylorismo e o Fordismo.
O ponto que se destaca entre ambas é o fato de que no sistema criado por Ford são as máquinas que se adaptam aos operários e não o contrário como era proposto por Taylor.
Para isso, houve uma mudança nos ritmos das máquinas para que os operários tivessem os meios de fazer o seu trabalho com eficiência e em um tempo hábil, de forma que não aconteciam os treinamentos para os trabalhadores presentes no sistema do Taylorismo. Além disso, Ford optava pela rígida padronização da produção, enquanto para Taylor, a regra era baseada no controle de tempo.
Veja também: Dicas para aumentar a sua produtividade no trabalho.
Porém, apesar de tais diferenças entre estes dois grandes modelos de gerenciamento e de organização produtiva, também existem semelhanças, como ambos existirem para atender e melhorar as demandas da produção em massa, existirem estoques gigantescos de produtos produzidos, e gastar o menor tempo e dinheiro possíveis.
Tanto no Fordismo quanto no Taylorismo, havia ainda o rígido controle no final dos processos de fabricação e a intensa subordinação à gerência. E para não por aí: em ambos cada funcionário era responsável por somente uma função a fim de executá-la a nível de excelência e considerando os pontos desejáveis por parte da gestão.
Até hoje estes modelos são utilizados de mais diversas formas por empresas modernas do mundo inteiro para que consigam atender às demandas de uma população em crescimento, e com as devidas adaptações necessárias para os tempos atuais e para o que cada setor exige.
Por causa dessa relevância, esse assunto continua sendo cobrado nos vestibulares brasileiros, como no Enem, e é essencial que você pratique os seus conhecimentos sobre o tema para acertar as questões que estejam relacionadas com tais pontos levantados neste artigo.
Então, que tal praticar os seus conhecimentos sobre o Taylorismo com perguntas e respostas que já caíram em edições passadas dos vestibular? Essa é uma ótima maneira de revisar essa matéria.
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Texto escrito por: PRASABER
