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O que é o Romantismo? Características e contexto histórico O que é o Romantismo? Características e contexto histórico

O que é o Romantismo? Características e contexto histórico

Nas aulas das escolas tem um tema que não fica de fora: o movimento artístico e cultural chamado de Romantismo. Assim como outros momentos estilísticos, surgiu na Europa em um contexto de grandes mudanças de pensamentos, costumes e de economia.

É importante saber que estudar e revisar as principais características do Romantismo é essencial para se sair bem nos maiores vestibulares do país, independentemente de qual for o curso de graduação do seu interesse. Afinal, é um tema bastante cobrado por ter sido o período em que renomadas obras surgiram.

Para entender qual é o contexto histórico do Romantismo, o que foi o romantismo no Brasil, como foi dividida as 3 gerações românticas brasileiras e muito mais, basta que você continue acompanhando a leitura deste artigo completo que preparamos a seguir. Confira!

O que é o Romantismo?

O Romantismo é um movimento artístico, de estilo e cultural que se baseia no sentimentalismo para expressar o que o autor está vivendo. O ser romântico, exagerado e bastante subjetivo pautam os temas tratados neste período.

Está um tanto enganado quem acredita que o Romantismo exalta somente o amor romântico, a relação entre as pessoas e amores não correspondidos. Isso porque também há a paixão e a exaltação nacional, o amor pela pátria, a liberdade como indivíduo para ser, pensar e amar, e o individualismo.

Com forte presença na literatura, este movimento pode ser reconhecido em diversas poesias e textos em prosa, nos quais há a descrição de sentimentos exagerados, emoções infladas, o uso de exclamações com frequência, assim como de bastante adjetivos, e a utopia em ideais criados pelos eu líricos.

Além disso, entre as características do Romantismo também está o “espírito romântico”, que se referia a uma perspectiva focada totalmente no indivíduo e que se diferenciava das concepções pregadas no Iluminismo, que era ter a razão e a objetividade como prioridades, por exemplo.

Dada a sua complexidade e aspectos um pouco distintos entre alguns anos, o Romantismo brasileiro foi dividido em três fases ou gerações. Com isso, se você tem dúvidas sobre como foi dividida as 3 gerações românticas brasileiras, saiba que são elas:

  • 1ª geração romântica (de 1836 a 1852): foi marcada pelo movimento “indianista” ou nacionalismo ufanista. Isto é, valorizava a figura do índio, da natureza do solo nacional e da liberdade.
  • 2ª geração romântica (de 1853 a 1869): chamada de “geração ultrarromântica” ou de “Geração ‘Mal do Século’”, o que descreve essa fase são os sentimentos mais negativos, como pessimismo e desilusão. As obras pautavam a fuga da realidade e ficaram conhecidas como byronianas, pois a poesia de Lord Byron tinha influência em demais autores.
  • 3ª geração romântica (de 1870 a 1880): de cunho libertário e social, essa fase ficou conhecida como “Geração condoreira” por causa da ave condor, sendo uma espécie que inspirava os poetas da época, e por tratarem de temas de questões humanas, como a escravidão.

Quando surgiu o Romantismo?

Entre as transições do século XVIII e do século XIX, muitas mudanças ocorreram nas sociedades ocidentais e que continuam refletindo em obras artísticas, costumes e perspectivas culturais dos tempos modernos. Dessa forma, para entender como foi o Romantismo, é preciso compreender o que estava acontecendo neste período.

Na Europa, os países do Velho Mundo estavam passando pelo período iluminista e a riqueza estava concentrada nas classes burguesas, o que colocou as monarquias em decadência. Foi então com a Revolução Francesa (1789-1799) que o Romantismo surgiu, sendo uma proposta contra revolucionária e oposta às submissões propostas.

Apesar de ter a Revolução Francesa como principal momento histórico atrelado ao Romantismo, os historiadores apontam que foi na Alemanha que este movimento realmente teve origem com o livro “Os sofrimentos do jovem Werther”, de Goethe, visto que é definida como a primeira obra do Romantismo.

Já no Brasil, o Romantismo se inspirou nas questões levantadas pela Inconfidência Mineira, na descolonização do país e, por consequência, na independência. Assim, os mais predominantes fatos da época, como a escravidão e o seu fim, a proclamação da República e demais problemas com Portugal, pautaram as obras românticas brasileiras, e respectivamente os aspectos de cada geração que mostramos acima.

Onde o Romantismo se manifestou?

Por mais que a principal produção dos autores do Romantismo tenha sido na literatura, este movimento estético também se manifestou em outras formas de arte, como nas pinturas e nas esculturas, de forma que predominaram as mesmas características de subjetividade, exaltação e sentimentalismo.

Pinturas

Quadros como “A Liberdade guiando o povo” (1830), de Delacroix, “A primeira Missa no Brasil” (1861), de Victor Meirelles, “Iracema” (1884), de José Maria de Medeiros, e “O peregrino sobre o mar de névoa” (1818), de Caspar David Friedrich são alguns dos exemplos de destaque as pinturas românticas em todo o mundo.

Essas obras, entre outras, tinham como aspecto o olhar subjetivo do pintor em relação às cenas que estava retratando, assim como uma perspectiva registrada a partir de suas emoções. Dessa forma, o observador da pintura romântica é quem a interpreta com base no que sente ao se deparar com a obra.

No Romantismo eram pintadas paisagens para ilustrar a fauna e flora exaltadas, situações vividas pela população, pelos escravos, por monarcas e por burgueses, e cenas de heróis salvadores.

Esculturas

Outra forma de expressão artística presente no movimento do Romantismo são as esculturas. Com elas, as características de estilo deste período ficam consolidadas em técnicas de intensa expressividade e registram cenas da época, como temas heróicos, batalhas e a natureza como um todo.

As esculturas são repletas de detalhes, expressões nas pessoas esculpidas e de movimento. Dentre os escultores românticos estão os franceses David d’Angers,  Jean-Baptiste Carpeaux e François Rude.

Literatura

A categoria de arte e cultura em que mais se encontram obras românticas é a literatura, seja a europeia ou a brasileira. Isso porque este movimento se consolidou por meio de prosas, poesias e peças de teatro que continham as características de sentimentalismo, subjetividade, emoção exacerbada e outras.

Era o modo como os autores do período tinham de não só retratar o que sentiam, seja o amor pela pátria ou por uma pessoa que não o correspondia, mas as demais situações marcantes, tais como a escravidão, as revoluções e os incontentamentos com a colonização.

Além disso, a literatura romântica também foi o formato que possibilitou a fuga da realidade, a qual os mais variados autores buscavam, o desenvolvimento de imaginações e de fantasias por ora utópicas, como de uma nação perfeita ou de um amor sem defeitos.

Qual foi o objetivo do Romantismo no Brasil?

Como mostramos nos tópicos anteriores, o Romantismo teve força no Brasil e foi um movimento tão intenso quanto outros. O objetivo deste movimento em solo brasileiro era o de instigar o patriotismo e de ir em busca da identidade nacional, de forma que a população parasse de apenas imitar o que era trazido do Velho Mundo.

Os princípios praticados eram a fim de demonstrar para a população da época quais eram os sentimentos de maior valor, valorizar o nacionalismo, a natureza e os índios, exaltar o patriotismo e até mesmo colocar em foco a espiritualidade praticada e a fé em Deus.

Do mesmo modo como ocorreu em outros países, no Brasil o Romantismo também tinha o intuito de ir contra os ideais e práticas do período Neoclássico, o qual se destacava pela objetividade.

Quais foram os maiores nomes do Romantismo?

O movimento romântico foi realmente amplo e complexo, o que possibilitou que centenas de artistas, autores e poetas produzissem as suas obras seguindo os preceitos deste período para expressarem as suas respectivas emoções. Além disso, até hoje várias obras do Romantismo se mantêm como referências.

No Brasil, os seguintes nomes se destacaram: José de Alencar (1829-1877), Álvares de Azevedo (1831-1852), Gonçalves de Magalhães (1811-1882), Gonçalves Dias (1823-1864), Casimiro de Abreu (1839-1860), Maria Firmina dos Reis (1822-1917), Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882) e Manuel Antônio de Almeida (1831-1861).

Além destas personalidades, há outras que contribuiram para o movimento, como: Fagundes Varela (1841-1875), Castro Alves (1847-1871), Almeida Garret (1799-1854), Camilo Castelo Branco (1825-1890), João de Deus (1830-1896), Visconde de Taunay (1843-1899), entre outros.

Estes nomes do Romantismo costumam aparecer nos vestibulares por meio de suas obras e em leituras obrigatórias, como é o caso de José de Alencar com “Senhora”, “Iracema” ou “O guarani”, de Maria Firmina dos Reis com “Úrsula”, Manuel Antônio de Almeida com “Memórias de um sargento de milícias” e Castro Alves com “O Navio Negreiro”.

Por isso, se você quer gabaritar as perguntas de literatura e de arte que envolvam as obras do período do Romantismo, não deixe de rever estes autores. Uma dica é praticar os conhecimentos vistos em sala de aula e que foram reunidos neste artigo com os simulados disponíveis.

Ou seja, busque questões do Enem e de outros processos seletivos que abordem as características, as fases e os demais aspectos do Romantismo para ter certeza de que assimilou da melhor forma possível tudo o que envolve este movimento cultural. Ao fazer isso, as suas chances de ganhar mais pontos por acertar tais questões irá aumentar. Bons estudos!

Agora que você sabe tudo sobre Romantismo, leia também sobre:

Texto escrito por: PRASABER
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